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sábado, 6 de dezembro de 2008

Urgência - por Alba Vieira

Não consigo definir exatamente como me sinto, mas é uma angústia, uma carência, uma vontade de parar tudo talvez para refletir, talvez, não sei, para parar tão-somente. Eu me sinto exausta e carente. Necessitada de alguém que compreenda este meu estado, esta minha angústia. Carente de sentar e conversar por horas a fio com uma pessoa que queira trocar comigo. Alguém para quem eu possa me queixar, falar das minhas fraquezas, dúvidas, indecisões e indefinições. Mas, ultimamente, todos que me procuram estabelecem comigo um contato que “precisa” ter mão única. Querem de mim respostas que muitas vezes não posso dar, buscam em mim um apoio que nem sempre estou preparada para lhes dar, esperam soluções mirabolantes, poções mágicas, pozinhos encantados que facilitem os seus relacionamentos, que os tornem fortes e preparados para uma vida de dificuldades que eles próprios geraram; e eu, que não possuo este dom, esta mágica nem para minha própria existência, tenho que pacientemente tratá-los, minimizando sua dor até que possam compreender que a doença, os sintomas, são apenas alertas, sinalizações para que encontrem o seu melhor caminho. Nem sempre eu tenho esta compreensão, nem todos os dias possuo a vontade de exercer este meu trabalho. Há tantos momentos em que necessito de alguém que me tome pelas mãos e me leve por um caminho florido, me sente no colo, enxágüe meus olhos úmidos e consiga apaziguar meu coração aflito.
.

2 comentários:

Anônimo disse...

Urgência

Essa urgência é diferente,
Das urgências de outrora;
Essa urgência é mais urgente,
Tão urgente que me afoba.

Me afobo por em teu beijo pensar,
Doce como nada que provei;
Desses lábios que me fazem desejar,
Ser tudo que jamais serei!

A urgencia que sinto é outra,
É urgência dessa vida deixar,
Para em outra vida retornar…

Quem sabe noutra vida serás minha,
Fazendo dessa urgência repentina,
Apenas urgência de te amar?

Anônimo disse...

À SUA ÚRGÊNCIA...ALBA VIEIRA

De perto conheço
A angústia que tens
No entanto te peço
Teu tempo uns vinténs.

Sentir o que sentes
Comun é de fato
Pois somos viventes
da dor em extrato.

Conheço a doença
De que agora reclamas
Pois tem ela presença
Neste globo em chamas.

Somos requisitados
A todo momento
Por seres agitados
A aconselhamentos.

É desilusão
De nossa vaidade
Querer do cristão
A a solidariedade.

Desta síndrome, Alba
Sofreram os prelados
Angustias na alma
Ouvindo os pecados.

Sózinhos ficavam
C'os males alheios
E se estertoravam
Dos próprios anseios.

Os queixumes ouvir
De outros é vitória
Tirando proveito
Da dor da escória.

Somos convidados
Ao aprendizado do amor
No entanto guindados
À lição pela dor.

Não desista amiguinha
Ao conselho do Santo
Pois só se recebe
Com o fator do é dando.

José Paulo Chinelate




do amor