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sábado, 2 de maio de 2009

Duelando Manchetes V: Violência Contra Idosos

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VIOLÊNCIA É A SEGUNDA MAIOR CAUSA DE INTERNAÇÕES DE IDOSOS NO SUS


Dados do Ministério da Saúde apontam que as violências e os acidentes são responsáveis por 3,5% das mortes de idosos. No Brasil, 93 mil idosos são internados a cada ano no SUS (Sistema Único de Saúde), em consequência de quedas (53%), violência e agressões (27%) e acidentes de trânsito (20%).
Pesquisa realizada pela UCB (Universidade Católica de Brasília) indica que 12% dos 18 milhões de idosos brasileiros já sofreram maus-tratos e que 54% das agressões são causadas pelos próprios filhos. Para monitorar esse quadro, o Ministério da Saúde está desenvolvendo um sistema de vigilância de violência contra o idoso.
De acordo com o coordenador de Saúde do Idoso do ministério, José Luís Telles, o sistema vai permitir notificar e qualificar o tipo de agressão sofrida pelo idoso.
“Se um indivíduo entra na emergência, vítima de violência, no processo de registro do caso será possível saber quem foi o autor da agressão, qual foi o grau de dano causado, enfim, dados sobre o perfil desse autor, que hoje nós não temos, só temos pesquisas locais que dão uma dimensão de quem são os agressores, mas essa dimensão está longe de ser real.”
Para o coordenador, o número de idosos que entram no SUS por maus-tratos é “muito subestimado”. “Muitos desses maus-tratos não chegam ao hospital, não chegam sequer ao serviço de saúde, então não são registrados por agressões ou maus-tratos. As situações de violências são muito maiores do que as que nós vemos nos serviços de saúde.”
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Leia mais
O que acontece quando são os filhos que passam a cuidar dos pais?
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Fonte: Folha Online, 11/06/08
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Duelando Manchetes V: Violência Contra Idosos - por Alba Vieira

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DA DIFICULDADE DE ENXERGAR O MAL


Vivemos num mundo de polaridades. Mas, porque é tão difícil para alguns de nós enxergar a escuridão? É necessário estar aberto para a possibilidade do mal, para poder lidar com ele e proteger suas vítimas que não se restringem aos que sofrem, incluindo também o agressor. É rotina nos pronto-socorros, lesões em crianças e idosos, decorrentes de violência ou negligência por parte de pais, familiares e cuidadores.
Crianças e idosos sofrem agressões e lesões decorrentes da falta de proteção por parte de seus responsáveis. Desatenção, esquecimentos, verdadeiras ciladas e armadilhas representadas por situações e utensílios e móveis existentes na própria residência ou fora dela, custam muito caro para quem em determinada época da vida precisa de proteção.
E cabe aos profissionais de saúde buscarem informação, quando na sua vivência não encontram experiências desse tipo para ajudarem no diagnóstico. Há quem se comporte como se vivesse na ilha da fantasia e deixa passar, atribuindo ao acaso ou acidente, lesões corporais em crianças e idosos por violência explícita ou abuso sexual, por não terem tido contato no meio em que foram criados, com estas práticas abomináveis. Precisamos admitir que como humanos (irrc!), todos nós e qualquer um de nós é capaz de qualquer coisa, desde que haja condições propícias.
Admitindo que a maldade faz parte de nós, estaremos nos protegendo mutuamente: vítimas e agressores.
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Visitem Alba Vieira
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Atitude - As Nossas Histórias X

A vida é o que fazemos dela. O resultado de nossa equação: do que adicionamos, subtraímos, multiplicamos e dividimos.
Nós somos o que a vida faz de nós. Nós somos sua equação: ela adiciona, subtrai, multiplica e divide, quando não tomamos as atitudes que deveríamos para sermos fiéis a nós mesmos.
Aprender a dizer sim ou não, que é tarefa difícil e requer determinação, é o que faz a diferença.
A vida é o que fazemos dela ou somos o que ela faz de nós? Acho que é faca de dois gumes, é estrada de duas mãos, por vezes somos levados, às vezes temos opção...
Mas, em ambos os casos, temos responsabilidade sobre nossas escolhas e atitudes. E as nossas escolhas ou atitudes interferem na vida dos outros, e o que a vida faz de nós não é nada mais do que o que os outros fazem, que em nós interfere. A vida nos conecta uns aos outros, visto que não vivemos sozinhos (com maior ou menor número de conexões), e é em função de nossas relações, escolhidas ou não por nós (porque é assim que a vida é), que vivenciaremos tudo que a nós pertence, a raça humana.
E se é estrada de dois sentidos, só nos resta, a cada momento, escolher se iremos pra cá ou pra lá, visto que isto é o que menos importa. Se constatamos que a direção foi errada, é só mudar. A mudança é a única certeza que teremos sempre, já que não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe. E acabamos chegando ao mesmo ponto: a vida é o que fazemos dela.
Enfim, tudo é questão de atitude.



Texto criado por Alba Vieira, Clarice A., Ana, Lélia, Aaron Caronte Badiz e Gio.
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Sensações (Misturas e Cores) - por Alba Vieira

Misturar. Esta ideia me veio de súbito. Parte de um com parte do outro: coisa nova que surge. Comunhão. Talvez. Tão clara em mim esta sensação hoje.
Fazemos parte de um todo que depende de cada um de nós. A vibração do mundo que é formada pelas emanações de cada um de nós. A responsabilidade que há nisto, em cada ato nosso, em cada pensamento. Olhar para os outros com o amor e a consideração que devemos dispensar a nós mesmos. Gosto de misturas, do resultado das combinações em tudo. Mas mistura de partes que têm algo em comum, que podem compartilhar, que são abertas para permitir entrar no outro e serem invadidas, diferente de água e óleo.
Óleo me lembra tela que me traz tintas. Vejo a tela branca e as tintas coloridas que vão sendo colocadas no branco, que dançam levadas pelo pincel e se juntam às cores de outras e explodem em tons novos, multicoloridos. É vida nova despontando.
Os cheiros que se combinam, das peles que se tocam e se modificam pela delícia do contato, exalando perfumes que se misturam e impressionam olfatos de novas formas tão particulares, com mudanças às vezes tão sutis, mas que marcam e tocam uma profundidade tão imensa e especial.
Meus sentidos se assanham com as cores e penso que assim é com todo mundo: primeiro os olhos, mas as coisas têm cheiro e gosto e textura também. Um prato cheio de cores é recebido pela língua de forma totalmente diversa da comida monocromática. Gosto de ter todas as cores que puder no mesmo prato e ir provando cada uma delas, sentindo a temperatura da cor, o gosto da comida, me sentindo arrepiar toda pelas cores ácidas ou picantes e me deixando amansar pelas cores doces. E sentir, ao mesmo tempo, mais de uma cor na mesma parte da língua é especial. É certeza de novo sabor, nova vida que se percebe, é mais uma parte de mim que se aguça.



Texto cujos título e início foram utilizados para Sensações - As Nossas Histórias IX.
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O Aniversário - por Adir Vieira

Não sei que menu escolher,
Decidir, listar e comprar,
Parte pronta,
Parte a fazer,
Mas em tudo me programar...
Tenho que rápida ser,
Pois a festa acontecerá
Em pouco menos de um mês
E não sei como começar...
Pensei fazer um almoço,
Troquei por um lanche frugal,
Mas não quis dar pinta de pobre
E um churrasco ao ar livre não é mal.
Organizei quantos convidados,
Local, apetrechos, mesinhas,
Barris de chope, refrescos
E para acompanhar, ninharias...
Ninharias de empadinhas,
Ninharias de legumes,
Farofa com ameixas secas
E maionese com presunto.
Não esqueci das batatas
Que fritas das latas despencam
Sempre onde haja crianças
Ou qualquer tipo de gente.
Encomendei salsichas várias
De frango, peru e porco,
Os galetos temperados
Levam alho, sal, pimenta e no espeto
Parecem estar tão prontos.
O pão com alho na brasa,
Refrigerantes de cola,
Mas o bolo do parabéns
Não pode faltar na base.
As bolas de cores diversas,
Por si só já fazem festa
E se um petiz as estoura,
O ruído se dispersa.
Já que por trinta ou mais decidi,
O local será o play.
A mesa grande ornarei
Com bandejas, copos e flores...
Vou colocar na entrada,
Na faixa de boas-vindas:
“Feliz aniversário, amor,
quem deseja é sua rainha!”



Visitem Adir Vieira
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Desassossegado - por Ana

Meu coração está triste,
Batendo bem devagar,
Quietinho, tão cansado,
Falta pouco pra parar.

Tudo começou assim,
Com uma agonia danada,
Tremendo desassossego...
O motivo? Era nada...

Nada me acontecera,
Nenhuma desilusão,
Nada de problema novo
No meu velho coração.

Mas fui desassossegando
Cada vez mais e demais.
Minha vida só suspiros,
Lamentos, dores e ais.

Os olhos fitando o nada,
O corpo sem se mover.
Uma depressão terrível!
Tinha nada o que querer.

Olhava a casa, as pessoas,
A TV, fotos, paisagens,
Mas tudo era esquisito...
Eu via como miragens.

Pois é, fui parando aos poucos
Até ficar só deitado
Sem lembranças, pensamentos,
Sem futuro, sem passado.

Até que um dia entendi
O que me acontecia:
Olhei para o lado e vi
A Morte, em nada sombria.

Ela me disse baixinho,
Num leve sopro de voz:
- “Venha comigo, querido,
Venha e junte-se a nós.

Acalme seu coração
Que anda tão abalado.
Vim te levar daqui,
Vamos para o outro lado.”

Deixei a vida devagar,
Ligeiramente assustado,
Mas onde estou nunca mais
Vivi desassossegado.



Inspirado em “Desassossegado”, de Marcello Amorim.
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Thomas Buckle e a Liberdade - Citado por Therezinha

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A liberdade é vermo-nos livres das coisas que nos aborrecem para sermos escravos das que nos agradam.
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