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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Tema do Mês de Setembro: Amores de Minha Vida

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Caríssimos amigos:
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Hoje foram postados os textos referentes ao tema do mês de setembro: “Amores de Minha Vida”,
vencedor da enquete de fevereiro.
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Participantes:
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Aaron Caronte Badiz
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Ana
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Dália Negra
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Lélia
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(blog de conteúdo adulto)
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Soraya Rocha
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Muito obrigado a todos que colaboraram com esta “blogagem coletiva”!
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Um grande abraço!
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Post Inesquecível do Duelos - Indicado por Ana

Este post do Duelos é, para mim, absolutamente inesquecível!... Com muita frequência eu me pego lembrando dele e sorrindo. Foi brilhante, Alba! Mil vezes parabéns!
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PAIXÃO
(ALBA VIEIRA)

Olhando-te a cada dia,
Cismo, a pensar,
No bem que me fazes
Por simplesmente existir;
Em todas as delícias
Que me permites criar;
Como, tão harmoniosamente,
Limitas as doçuras que desejo,
Fazendo-as tão belas e delicadas.
No espaço da casa que mais amo,
És aquela que me atrai.

Por isso sempre repito
O que representas para mim...
Eu te amo de paixão,
Minha forma de pudim!
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Visitem Alba Vieira
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O Amor em Minha Vida - por Aaron Caronte Badiz

O amor surgiu, em minha vida, como uma mulher tímida, meio menina e muito amiga.
Da segunda vez, surpreendeu-me na forma de uma mulher apaixonada, intensa, romântica e linda.
Da terceira vez, brindou-me com uma mulher firme nas palavras, sincera e fugaz.
Por fim, fui presenteado com uma mulher livre, dona de si, independente e extremamente interessante.

Estes foram os amores de minha vida, que nesses 30 anos me surgiram, surpreenderam, brindaram e presentearam na forma de uma única pessoa: minha eterna e sempre amada que, desde o nosso primeiro encontro, soube que era tão destinada a mim quanto eu a ela.
Eu te amo hoje mais que sempre... e para sempre.
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Amores - por Adhemar

Meu primeiro amor foi Célia.
Tão bonita e fascinante...
Porém era mais velha
Me decepcionou por ser fumante.

Meu segundo amor – Marcela –
Que de tão platônico pereceu,
Era muito superior, tão bela,
Que a este admirador nem percebeu!

Bem mais tarde, Ana Paola foi paixão.
Dessas terríveis, avassaladora.
Até hoje, em meu coração,
Esse sentimento ainda ecoa.

Outra ilusão desse tempo – Iracema –
Era musa atraente e sedutora.
No entanto, um obstáculo, um problema:
De uma legião de fãs era pastora.

A seguir surgiu-me Lígia
Pra me socorrer numa tristeza;
Mas ao perceber-me já fugia,
Pois era eu plebeu, ela princesa.

O meu amor maduro foi Monique,
O que na mocidade mais durou.
Porém, malgrado meu, era tão chique,
Que de mim um dia se cansou.

Então, Cláudia surgiu e surpreendeu,
Apanhando-me desprevenido e sem jeito.
Mas meu coração não respondeu
Fugindo desse afeto com respeito.

Em Ilhéus, a noiva de um fazendeiro,
– Também Cláudia, com todas as letras –
Foi como incursão num picadeiro
E ensinou-me a andar sem as muletas.

Num entretempo, outra Monique conheci,
Vinda dos confins de Mato Grosso.
Tão bacana e tão cheia de si...
Mas era tão menina e eu já moço...

Enfeitiçou-me a seguir a Bernardete
Estabelecendo um condomínio.
Mas era apenas uma professora breve
Transformando o poeta em peregrino.

Elaine Cristina então a sucedeu
Tão linda e luminosa que nem sei.
O papel de príncipe me deu,
Mas ela precisava era de um rei.

E ao final de todo esse aprendizado
Veio Stella, linda e firme se instalou.
O grande amor do homem já formado,
Grande mulher que ao homem completou.


Um imenso e verdadeiro desafio
Para toda a vida se tornou.
Passou pela paixão, pelo calor e pelo frio,
E que docemente triunfou.

Mais que amor, uma profissão de fé.
Mais que amor, a tranquila confiança.
Mais que amor, é um grande lar em pé.
Mais que amor, somos nós e três crianças...
P/SM
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Visitem Adhemar
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A Menina e a Prova Difícil - por Adir Vieira


Todos os dias, o mesmo ritual se dá.
Sempre no mesmo horário, o ônibus escolar para rente à calçada e a fiscal aguarda pelo menos uns três minutos para que ela, com toda a calma aparente, se desprenda do cinto de segurança e caminhe pelo corredor, como se fora uma passarela, portando sua pesada mochila e o inseparável casaco, faça frio ou não. Sinto que o agasalho, para ela, substitui, naquele trajeto, o abraço caloroso da mãe a protegê-la.
Desce enfim do ônibus e com um sorriso enigmático, tal qual o da Monalisa, encaminha-se para a tia que, ignorando o fato de ela ser uma quase adolescente, recepciona-a com todos os “inhos”, agora tão impróprios para a sua idade.
Livre dos vizinhos e agora já dentro do elevador, ela faz a pergunta principal do dia, tentando adivinhar o que terá para o almoço, sua preocupação permanente, já que tem ordens expressas do pai para não exagerar nas gulodices impeditivas de uma boa saúde.
Hoje, no entanto, desde as primeiras horas da manhã, a tia não consegue esquecer que “aquela nota da prova” tão necessária para que ela permaneça na média, já que escorregou feio na prova anterior, seria divulgada pela professora.
A tia, hábil que é, e não querendo feri-la, na possibilidade de um resultado negativo, espera o melhor momento para inquiri-la e ela, esperta que é, finge não perceber a ansiedade da tia, parecendo saborear aquela vitória sagaz.
A menina entra em casa, troca de roupa, senta-se à mesa para o almoço e ambas caladas, vivem situações diversas em pensamento.
A menina sorri internamente esperando o primeiro passo da tia.
A tia, já visivelmente ansiosa, não desvia os olhos da menina, em busca de qualquer informação a respeito do resultado da prova.
O imediatismo da menina, no entanto, não permite alongar aquela situação e, de pronto, sai da mesa e saca da mochila a prova tão esperada, exibindo 84 pontos.
A sapiência da tia vai a zero quando a menina, com a sua docilidade, pergunta à tia porque ela não quis saber a nota, logo que ela chegou, enfatizando que se tivesse se dado mal, alguma coisa ia ter que fazer para melhorar!!!
Bela forma de viver das crianças. Livres de tudo!
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Visitem Adir Vieira
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Os Amores da Minha Vida - por Alba Vieira

São tantos que listá-los seria tarefa interminável, uma vez que eu sou uma eterna apaixonada pela vida e pelas energias que fazem parte dela. Assim, família, amores, amigos, animais, pedras, plantas, lugares, objetos de arte, coisinhas variadas representam um lugar especial na minha vida.
Naturalmente que existe uma hierarquia nesta galeria, que há seres especialíssimos com lugar cativo e que só não arrebentam meu coração, já quase sem espaço pra abrigá-los, porque o que sinto por cada um deles é capaz de energizar a tal ponto meu chakra cardíaco que provoca imediatamente uma grande expansão na capacidade do meu coração.
É que o amor é um sentimento esquisito demais, tão estranho que por conta dele contrariamos todas as verdades cartesianas e ingressamos num mundo novo, livre das leis espaço-temporais e pleno de milagres. Por conta do amor, um mero artefato sem importância material adquire significados insondáveis para aqueles cuja alma é livre e amorosa. Sou capaz de amar por muitas razões, por sutilezas, seres desconhecidos que me impressionam pelo olhar, pelo silêncio, pelo perfume, pela voz, pelas feições, pela energia que passam ou que tomam de mim. Adoro gente, adoro plantas, bichos, pedras, águas, céu, vento, sol, vida. Adoro amar e ser amada. Mas o maior amor da minha vida sou eu mesminha.
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Visitem Alba Vieira
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Busca - por Ana

Quais seriam os meus amores?
Perguntei ao coração.
Ele ficou em silêncio,
Não deu uma explicação...

Então me pus a pensar...
Procurando uma resposta.
Quais seriam meus amores?
Os neurônios trancaram a porta.

Vasculhei a minha alma
(Ela, sim, há-de dizer!).
Mas não me deu uma pista
De nada! O que fazer?!

Resolvi rever minha vida,
Desde o dia em que nasci.
Fui relembrando aos poucos,
Tudo, tudo... até aqui.

Percebi, com muito espanto,
Que desde o primeiro momento
Que me entendo por gente
Não tive outro sentimento:

Fui movida por amor
Em todas as decisões,
Escolhas e atitudes,
Em família, amizades, paixões...

Realmente, esta pergunta
Não podia ser respondida!
Minha vida não tem amores:
O AMOR É MINHA VIDA!
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Meu Avô - por Ana Lucia Timotheo da Costa

Todo sábado eu, meu pai e meu irmão íamos vê-lo. Meu pai tinha a obrigação de barbeá-lo, à navalha, e nós aproveitávamos a visita para estudar francês e matemática com uma das tias. Confesso que eu o admirava com uma certa distância. Afinal, por ser avô paterno, não privávamos de muita intimidade.

Sabia-o lido e bem informado e meninota, ainda, aquilo me encantava. Como me lembro das partidas de xadrez entre ele e o meu pai – discussões engolidas e veladas. “Pedaço-de-asno” dizia o velho, enquanto calado, meu pai não respondia.

Papai jamais usava o possessivo. Falava: “O pai”, nunca meu pai, deferência de amor e sintonia.

Com a maturidade percebi que bastante coisa era ilusória; muita contradição cabia-lhe.

Vovô, professor nato (alfabetizava adultos), tinha uma liderança imposta, ditatorial.

As filhas eram-lhe de uma obediência cega, semi-castradas. Namoro não fez parte de suas vidas.

Batia no peito a confessar-se ateu, no entanto era um sujeito de gestos de bondade.

Mamãe conta uma inacreditável passagem - O primeiro salário de meu pai (que ele achou alto), foi dividido com outro empregado, por justiça. (Muitos diziam que tinha postura marxista).

Afirmava que a morte não temia, ‘hei de enfrentá-la de frente, sem temor’. Mas um ônibus apanhou-lhe pelas costas...
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Constatação - por Dália Negra

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Os amores são velas vãs
Adornando, apagadas, o mar.
Solidão e ferida, irmãs,
Filhas de um mesmo penar:
Aquele que resta do fim
Do que eu quis acreditar
Existir, algum dia, pra mim,
Conjugando o verbo amar.

Os amores de minha vida
Não sei se um dia existiram...
Eu tive a alma vendida
A carinhos que possuíram
Meu corpo, desejos, sonhos,
Sorrisos, ações, ardor...
Hoje, meus olhos tristonhos
Relembram... e não veem amor.
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Amores da Minha Vida - por Leila Dohoczki

Nas manhãs que se sucedem
Primaveras vem e vão
Deixam flores nas calçadas
Galhos oferecem a floração
Assim também sou
Feito a primavera...

Nas minhas manhãs
Nem me lembro das manhãs de outono.
Sei que elas virão,
Mas não temo que roube o espaço
Ou que fique mais tempo.

Sou capaz de compreender
Que as flores nascem
No verão, no outono e no inverno
Nascem o ano inteiro...
As flores não nascem por mim
Eu é que existo por elas,
Pelas vermelhas, lilás e amarelas
Por tudo que renasce em mim
E nunca termina.

Em mim, toda manhã nascem
Flores lindas de amor
Sou uma campina florida...

Se sou primavera,
As flores mais belas, meus filhos...

Amores da minha vida!
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Minha Vida de Amores - por Lélia

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Amores? Tive alguns. Com fé, com entrega, companheirismo e, sobretudo, amizade.
Guardo de cada um lembranças felizes numa caixinha no meu armário. Às vezes eu a abro e relembro momentos bons.
Os amores da minha vida foram grandes, imensos, profundos!
Pensando bem, a minha vida foi feita de amores!
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Os Amores de Minha Vida - por Leo Santos

Os amores de minha vida
de alguém teriam que ser;
quanta empreitada perdida
na descoberta do não poder

de minha vida pero não meus
apenas os vi passar
por luzes que viraram breus
fugidio esse lumiar

fulguram na lembrança apenas
lousa sem apagador
retratos, combates arenas
e o destino domador.

Amores belos e outros feios,
depois, claro, vi melhor
turbam a vista esses enleios
fomentam desdita e dor

amei por motivos vários
e até sem nenhum, real;
vitimado por mercenários
a força do vil metal

mas herdei lições tantas
escola da desilusão
não foram perdidas as jantas
inda que se perdeu o coração

os amores de minha vida
apenas estágios da tal,
cicatrizes, antes, feridas
agora, textos, motes, jogral...
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Visitem Leo Santos
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Amores de Minha Vida - por Mellon

Não posso perder o sono por causa disso, mas eu perco. E agora não posso parar de caminhar, mas por você eu pararia. Me dê algumas horas e eu terei tudo isso resolvido. Eu teria se a minha mente somente parasse de correr por entre os amores da minha vida. Não posso suportar ser covarde, por isso não posso lutar apenas por mim, mas por todos eles. Isso não poderia estar acontecendo, não comigo que sou fraca. Isso está acima de meu olhar, mas embaixo de meus pés.

E amanhã eu não terei isso resolvido. Terei isso destruído. Porque só você consegue me fazer citar E. E. Cummings, porque “eu carrego o seu coração. Eu o carrego no meu coração”.
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Visitem Mellon
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(Sem Título) - por =NuNuNO== Griesbach

Pobre vítima do infortúnio o escritor frustrado, nunca antes lido por ninguém, acordou aprisionado em um grande cofre ao lado de uma pilha de papéis, com poucas horas de oxigênio para escrever suas últimas palavras.
Sem muito ar, o escritor escreve uma montanha, escreve águas calmas para um lago cheio de vida e respira o ar puro que formou-se entre suas linhas.
Solitário, escreve um bom amigo para conversar. Abraça a pequena página onde seu amigo está escrito e chora pensando nas oportunidades que perdeu de escrevê-lo antes.
O passado... Tão efêmero e comum enquanto presente, e tão eterno e maravilhoso quando só existe na memória. O escritor reescreve seu primeiro amor, escreveu para ela um pouco menos de ciúmes, um pouco mais de fidelidade e pais mais liberais. Escreveu um novo fim, onde se mudaram ao pé de uma linda montanha e, à beira de um lindo lago cristalino, beijaram-se sem pressa e respiraram ofegantes após um ato sublime do amor.
Sem mais ar para manter-se acordado, beija a folha com seu grande amor, despede-se da folha de seu amigo e mergulha na escuridão de seus próprios sonhos de felicidade, que nunca se tornaram tão possíveis antes.
Levando consigo apenas uma caneta e alguns papéis, se o paraíso não existir, irá construí-lo palavra após palavra.
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(Que adorou a proposta dos duelos)
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Sem Vergonha II - por S. Ribeiro

difícil cantar algo quando
se está de ossos quebrados
eufemismos não viverão por mim

escondem coisas de minha
juventude mal inspirada
desaprumam sentidos que não
deveriam se fundir
ao desígnio divino

chove chove chove
ele está lá fora aqui
leio florbela espanca

então nada eleito vai
chorar pirraças a um plano
mais alto com certeza
do que nós

e permanecem não nos guardando
como se a luz não ligasse mas
que alguém ligue que gosto
mesmo dos cachorros

não nos guardam

inventam concretos
espinhos mudanças sustentam
coroas com tudo que não
corresponde à pressa com
que o mundo constrói
o desejo de um jovem

não nomeio nem indico
quem porque já o sabem
o céu as pedras as árvores
a cama a loucura

espero como um mato
que não se cansa de nascer

não nos guardam
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.Visitem S. Ribeiro
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Os Amores de Minha Vida - por Soraya Rocha

Os amores de minha vida
São muitas coisas pequeninas
E pessoas do coração
Que vou enchendo desde menina.

São bichinhos, formas, cores,
Filmes, figuras, colagens,
Almofadas, móveis, colchas,
Corridas, canetas, imagens.

São toalhas de crochê,
Desenhos feitos a mão,
Lembranças que vêm da Bahia,
Inoã, Pato Branco, Maranhão...

São mundos dentro de mim,
Que me entornam de paixão;
São vidas no meu jardim,
Que me enchem de emoção.

Os amores de minha vida,
Eu os trago sempre comigo.
Não empresto, não vendo, não dou.
Nem pro meu melhor amigo!
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Eu e Você. - por Thiago de Sá

Quando juntos caminharmos pela praia, que os ventos e o sol nos acariciem com que eles têm de melhor. Porque todas as vezes que eu segurar a sua mão ou te abraçar, será sempre o melhor de mim que ali vai estar. Quando eu te beijar vou celebrar sempre tudo o que temos de bom, vou celebrar o nosso amor, que somente cresce e nos embriaga com sua melodia doce e meiga. Amor que não podemos explicar… Olhando bem! Pra que explicar aquilo que nos envolve, aquilo que sentimos! Celebre ao meu lado o que temos de mais perfeito, alegria, amor, a dor se preciso for. Fica comigo em todos os momentos, porque tudo o que tenho quer ser seu.
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Visitem Thiago de Sá
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Calmo... - por Vera Celms

Amo a calma do seu amor,
Temperado, ardido, louco,
Dosado
Com a temperatura elevada na medida certa,
Mãos que acariciam,
Sentem, vasculham e exploram
Bem dentro, bem longe, bem em mim,
Alcance perfeito,
Ponto ideal,
Meio termo entre a levitação e a loucura,
Entregue as suas mãos,
ao seu corpo,
no profundo do seu abraço,
visão do paraíso completo,
Escalo o pico do meu prazer,
agarrada como uma alpinista,
medida exata,
Só precisava de mais tempo,
transcenderia várias vezes,
entre o êxtase e o nirvana,
Quero que me queira,
Tanto, tudo, e mais... muito mais...
Movimentos precisos para o deleite,
Soltos como a lembrança,
Como a saudade,
Como o desejo,
Como a necessidade de ficar mais um pouco,
De esquecer do resto,
De relevar a vida além de nós,
Amo a calma do seu amor,
Avisando o momento, num sussurro,
Preparando a flor da minha pele pra receber,
O que o seu corpo tanto guardou,
Tanto preparou,
Quero voltar as suas mãos,
Ter você além do sonho,
Além da miragem,
Além da aragem que passa pela porta,
Que atravessa meus cabelos,
Meu alvo dorso,
Trazendo seu cheiro,
A minha saudade,
Lembrando com gestos,
A medida do seu amor,
Liso, brilhante, majestoso,
Perfeito...
E meu... pela duração de um momento,
Ou de toda a eternidade...
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.Visitem Vera Celms
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Parabéns, vestivermelho!

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Amores de Minha Vida... - por vestivermelho

Guardo lembranças do meu primeiro amor, como sempre platônico... rs
Um deles, tive tantos... mas esse foi interessante porque estava já ficando mocinha...
Brincava sempre em um lugar perto de casa, onde se reuniam as meninadas, umas mais velhas, outras de minha idade e as novinhas... sempre ficava com as mais velhas...
Os meninos eram malcriados, sempre puxando o cabelo das meninas... o meu nunca deixei, olhava feio quem chegava perto de mim... rsrsrs.
Mas tinha um em especial, era todo cheio de se apresentar... na brincadeira de correr ele sempre ganhava, na de se esconder também e o que mais gostava de ver era a ....
Corrida de carrinho de rolimã, ficava fascinada em ver ele fazer a curva lá no fim da ladeira... sempre estava à espera de ele me convidar para andar no carona, é claro. Mas sempre a menina mais bonita que ele convidava.
Depois de um tempo percebi que ele a chamava não pela beleza, mas era atirada , envolvente e simpática...
Comecei a olhar como ela agia e tentei diversas vezes copiar... mas sempre saía mal... quando pensava em chegar perto, ele saía. Sempre andei com short e camiseta, usei aparelho... que coisa ridícula... mas usei... rsrs Como ser atirada, envolvente e simpática? Rsrs
Bem, desisti, olhava ele e pensei... vou tentar algo...
Usei meu mais lindo vestido, amarelo com bolinhas brancas, meus cabelos amarrados em um rabo de cavalo e um sapatinho... desses sinceramente... ridículos... rsrs mas todas as meninas usavam... aqueles com um lacinho enfeitando...
Cheguei balançando meu rabo de cavalo... mas como sempre ele nem olhou para o meu lado, estava arrumando a lindinha no carrinho... aiaiaiai
Mas não desisti, continuei ali parada.
Ouvi:
- Hei garota do vestido de bolinha... quer dar uma volta?
Olhei. Era o menino que tinha o carrinho mais feio, eu achava... nunca deu carona para nenhuma menina... ou nunca convidou ou era porque o carrinho era feio. rsrs
Resolvi aceitar. Depois de me arrumar para uma volta de carrinho... porque não ir?
Ele me arrumou no carrinho tão delicadamente que me senti uma princesa...
Não andamos de carrinho, voamos! rsrs Senti tanta emoção que me agarrei nele. E senti muita proteção.
Depois, quando chegamos no final ele me disse:
- Amanhã venha com seu shortinho que será melhor...
Depois crescemos e mudamos completamente,
Cada um para seu lado e novas meninadas apareceram... guardo boa recordação... desse tempo
Passados alguns anos, já adolescente... frequentava mais bailinhos e encontros à noite para conversar... sem nada de carrinhos e esconderijos...
Quando cheguei em um desses encontros, percebi um menino novo... sem graça, com roupas esquisitas e cabelo todo arrumadinho.
Ele me disse:
- Você é a menina do shortinho?
- Shortinho?
- Sim, a namoradinha do feioso?
Como nunca tinha visto o lindo do carrinho que tanto me encantava... de perto, só de longe... rs não reconheci o meu amor platônico, pensei: ainda bem que foi amor platônico.
- Sim, sou ela.
- Ficou mais bonita do que era.
- Obrigada
E olhei para a porta. aiaiaiai... meu coração bateu
Tum tum tum
Era meu amor chegando
Todo lindo, com aquela maneira de chegar chegando
Não se importando com maneiras finas, mas tão educado e amoroso comigo que aiaiaiai...
Pensei como foi bom aceitar dar uma volta de carrinho de rolimã do feioso... rsrs
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Visitem vestivermelho
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Pequeno Príncipe - por Yuri

Quando estávamos em seu quarto tínhamos debaixo de nossa pele essa merda de fogo
em um país onde houvesse apenas maravilhas
mas quando saíamos de lá
sentíamos falta dos pensamentos de contos de fadas que ficavam dentro
eu quero voltar, eu preciso voltar, não posso mais me enganar sobre você
porque eu gostei
quando estávamos em seu pequeno mundo
pensávamos que voar seria fácil e real
quando pensamos em contos de fadas, pensamos em “Pra sempre”
você achava, eu achava
que o silêncio era igual a nada
mas realmente ele pode doer, cuidado
suas atitudes falam mais que qualquer coisa que você possa dizer
e aqui não é um conto de fadas
você pode ser salvo
meu pequeno... pequeno... meu pequeno príncipe
nem sempre eu sou quem eu quero ser
mas eu posso tentar
ninguém nunca havia acertado quando olhava em meus olhos
e descobria um pouco do que existe aqui dentro
em meu espelho da alma levo seu sorriso junto
eu sinto medo, arrepio, ignorado mesmo quando não sou
você sabia a cor que transmitia, o que significava por dentro
mas você sabia que a qualquer hora eu poderia ir ou ficar
eu não queria sentir o barulho de meus pedaços caindo no chão frio novamente
eu já te disse que você não precisa
você pode se salvar
mesmo sempre sendo meu príncipe
meu pequeno... meu pequeno... pequeno príncipe
sabíamos que isso poderia ser quebrado a qualquer dia
e eu só esperava chegar a algum lugar
sabia que não me sentiria perdido
mas você falhou. nós falhamos
e eu prometi para mim mesmo parar de tentar quando percebesse uma falha, mesmo do destino
e tentar de novo
mas o mundo anda em círculos
gira tão rápido que nem percebemos quando o vento passa sobre nós
e agora eu só preciso de pés novos
porque estes aqui já estão cansados
a todo tempo acontece, é sem regra alguma
o tempo só esta sendo muito mal comigo
porque nem com o mais poderoso de todos eu consigo te tirar da cabeça
meu pequeno... pequeno... meu... pequeno... pequeno príncipe
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.Visitem Yuri
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A Mestiça - por ZzipperR

Sinceramente eu não entendo as mulheres, elas são muito complicadas e imprevisíveis. O que eu posso fazer se é delas que eu gosto?
Quando eu fico parado sozinho, bem concentrado nos meus pensamentos, chego à conclusão de que a mulher não precisa do homem para viver. Chegará o dia em que o homem não existirá mais. O progresso do mundo evolui muito, DNA, bebê de proveta, escolha de sexo, este poderá um dia ser o extermínio do homem. Chega de falar besteira, que o que eu quero mesmo são elas.

No domingo, eu vi uma coisa que me fez pensar e concluir que realmente a mulher é complicada. Falo analisando o meu ponto-de-vista que concordo ser uma porcaria. Duas garotas aparentando mais de trinta anos chegaram perto de mim, uma usava uma saia quase até o joelho, de repente ela levantou a saia para mostrar o short que estava usando por baixo. Nossa! Como ela ficou sexy e atraente mesmo quando soltou a saia e continuou andando. Momentos depois ela estava só de shorts e não era mais sexy nem atraente. Por quê? Qual é a mágica da saia? Se ela soubesse a minha opinião com certeza compraria aquela saia.
A vida inteira eu fui apaixonado por mulheres que usam saia, aqueles vestidinhos que deixam a mulher parecendo uma menina. Melhor nem falar!
Eu vou falar de uma mestiça que passou em minha vida. A danada era bonita e tive que ser malabarista para ganhá-la. Vou contar:

Em minha época de Skinão, este apelido porque eu tinha um fusca verde rebaixado e todo escuro com um adesivo escrito Skinão atrás, minha amiga Magali estava fazendo aniversário e me convidou. Eu era um cara estranho demais, estava com uma camiseta branca toda rabiscada pela galera, tinha nome de todo mundo ali, o que quisessem escrever, calça jeans toda destroçada, um tênis velho. Eu era uma figura assustadora.
Quando cheguei à festinha, vi uma mestiça de cabelos longos com um vestidinho preto que me arrepiou. Chamei o Edson, irmão da Magali e perguntei:
- Edson! Quem é essa mestiça?
Ele respondeu:
- É a Vera, ela é da Vila Sônia e não é pro nosso bico não.
Pensei: Eu tenho que ganhar essa garota e vai ser hoje.
Chamei a Magali e falei:
- Magali, essa mestiça está com quem?
- Sozinha.
- Me apresenta e quando ela for embora nós vamos juntos, você e o Marcio, eu e ela.
- Skinão! Você está a fim de ganhar ela?
- Ela vai ter que ser muito esperta para conseguir sair fora.
- Fique tranquilo!
A mestiça era gata demais e eu fiquei trocando algumas idéias com ela para o tranco não ser muito violento.
Na hora de ir embora, a Magali fez tudo certinho. Ela e o Marcio atrás. Não teve jeito, a mestiça teve que sentar ao meu lado. Aproveitei e falei:
- Vamos dar uma parada na Praça do Morumbi e andar um pouquinho?
A Magali falou:
- Vamos!
Pensei: Isso que é amiga. Eu amo ela!
Os dois saíram fora e ficamos para trás eu e a mestiça.
Pensa rápido cara é agora! Ela não pode escapar!
Peguei na mão dela como se fossemos caminhar. Andamos uns dez passos, eu virei e não falei nada, beijei direto. Ela falou:
- Você é muito atrevido.
Eu beijei de novo. Ela sorriu e eu falei:
- Eu não resisti. Você tem uma boca muito gostosa. Eu ficava seguindo sua boca na festinha o tempo todo. Posso te abraçar?
– Pode!
Como ela era bonita e gostosa! Fiquei com ela três meses e nunca transamos. Ela era para ser a mulher da minha vida, mas perdi por que fui um burro ignorante, primeiro por ter sido traído por uma amiga dela. É! A vida é cheia de arapucas. Pior é ser orgulhoso, não saber pedir perdão e ficar com cara de babaca olhando o tempo passar e levar ela embora.

Zip...Zip...Zip...ZzipperR
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Visitem ZzipperR
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Amore Mio - por Adhemar

Querida,

Se perdoas ou relevas meu mau jeito
apesar de um tanto quanto desvairado
sabes que estás no mais fundo do meu peito,
pro nosso amor é que eu vivo orientado.

Saibas que o tempo só fez crescer o sentimento
de união, de ir em frente o que nos une.
São tantas coisas de um vasto sortimento
que a umas raspas de rancor está imune.

Então olho pra trás, olho pra frente
e te vejo em permanente devoção.
A teus pés sou apenas um vivente
dependente de te levar no coração...

P/ SM
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Visitem Adhemar
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