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(Aviso: Os textos em amarelo pertencem à categoria
Eróticos.)




segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Tema do Mês de Janeiro: Renascimento

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Caríssimos amigos:
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Hoje foram postados os textos referentes ao tema do mês de janeiro: “Renascimento”.
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Participantes:
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Aaron Caronte Badiz
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Dália Negra
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Penélope Charmosa
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Muito obrigado a todos que colaboraram com esta “blogagem coletiva”!
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Um grande abraço!
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Renascimento: Descoberta - por Alba Vieira

Pedro e Maria, colegas de faculdade. Atração, desejo, descobertas, proximidade, rotina, compatibilidade. Fim de curso. Novos rumos. Saudade. Vontade de viverem juntos. Famílias próximas. Casamento. Felicidade. Primeiro filho. Primeiras dificuldades. Outro filho. Maior aproximação. Prosperidade. Afabilidade mútua. Sentimentos mornos. Mais outro filho. Retorno do carinho. Afastamento sexual. Mais trabalho. Envolvimento com filhos. Maria mais presa ao lar. Pedro mais maduro, assoberbado pelos compromissos na empresa. Rotina. Cansaço. Desinteresse mútuo. Afabilidade. Sentimentos frios. Carinho. Respeito. Ambos voltados para a criação dos filhos. A vida segue. Pedro e Maria quase nunca sós. Férias esparsas. Fins de semana cheios e voltados para a família. Não trocam mais olhares cúmplices. Não se amam mais. Pedro calado, afável, distante quase sempre. Maria ocupada, certa da felicidade familiar, segura na solidão a dois. Filhos criados. Um dia, um fato: Pedro está diferente. Quase não para em casa. Esconde, por trás do jeito sério, um sorriso quando volta. Maria repara nele e se pergunta o que há. O tempo passa. Pedro diferente, com ela ainda é o mesmo, exceto por um distanciamento corporal crescente. A dúvida: terá outra? Tudo então se acende em Maria, retornam os sentidos aguçados. Outra vez ele povoa seus pensamentos. Seus olhos buscam os de Pedro, que se esquiva. Fareja novidade, interroga-se sem resposta. Repara, procura, investiga. Maria passa a seguir Pedro. Às vezes recorda-se de que ele desejava conversar e ela adiava. Mas tudo voltou a se aquietar e a conversa ficou pra depois. O medo. De longe, Maria segue os passos de Pedro. Enfim, a descoberta: Pedro tem outro. O susto.
Atônita, arrasada, humilhada, se esquiva e volta para casa. Chora, revolta-se, reflete sobre os sinais que Pedro lhe dava e ela não enxergava. A constatação: traída pelo marido com outro homem. Seu mundo despenca, sua cabeça roda, seus olhos derramam lágrimas inesgotáveis. Dorme sozinha, curvada como um feto. Sonha e liberta-se. Acorda e o primeiro pensamento é: por que um homem? Reflete. Aceita? Passa o tempo. Pedro e Maria conversam. Ela fala, grita, interroga, desatina, chora, berra, sofre e cai até que a lucidez retorna. Sozinha, pensa nas poucas palavras de Pedro: estou seguindo meu coração e meu desejo. Esforça-se para compreender. Gosta dele, tem respeito por ele. Tenta absorver tudo aquilo. Corre o tempo. Maria entende que não é algo pessoal, é o destino dele. Aceita, finalmente, o fato: seu marido é homossexual. E ela? Por que se casou com um homossexual? Tenta entender. É um longo processo.
Separam-se sem litígio. Os filhos participam de tudo. Nada fica escondido. A verdade é íntegra. Há desequilíbrio. Há ajustes.
Agora, passados muitos meses, ainda se veem. Maria olha Pedro que agora é outro. Encanta-se, desconcerta-se. Ele é mais solto, criativo, mais pleno, mais vital. Apaixona-se. Não pelo ex-marido, mas por Pedro agora renascido, intenso, profundo, inteiro, revitalizado, feliz. Sabe que ele não é mais seu. Compreende tudo. Agradece a oportunidade que a vida lhe deu.
Parte em sua própria busca, plena de possibilidades.
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Visitem Alba Vieira
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Aliança de Fogo - por Runa

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Pousada num mudo murmúrio de cinzas,
a Fénix que um dia irá renascer da lama obscura
com a alma liberta e o corpo transfigurado
pelo incandescente beijo de fogo das manhãs,
aguarda o redentor grito das labaredas
que o sol irá exalar num horizonte de mortalhas,
para resgatar ao casulo negra da treva,
que a envolve num colete de asas calcinadas,
a eterna aliança de um renovado voo.
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..................Visitem Runa
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Goethe - Citado por Penélope Charmosa

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Enquanto não souberes morrer e renascer, serás um viajante aflito na terra escura.
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Última Forma - por Dália Negra

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São tantas obras, tantas sobras,
Orelhas, capachos, mãos,
Palavras, sujeiras, vãos.

Tanta fuligem, tantos sons,
Goteiras, maldades, pés,
Soluções, saudades, fés.

São tantas dores, tantas vidas,
Misérias, saudades, pães,
Tristezas, amores, mães.

Tantos barcos, tantos mares,
Viagens, naufrágios, naus,
Cruzeiros, tormentas, caos.

São tantas almas, procissões...
Pedidos, rosários, lamentos...
Véus, novenas, orações...
Esperança? Re-nascimento.
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(Sem Título) - por S. Ribeiro

Não estou no melhor momento para falar em renascimento, uma vez que meus fins ou o que está parando à minha frente, não concentra a dimensão de tantos outros olhos testemunhas de grandezas mundo afora. Meu sono, apesar de em dificuldade, por uma benção imensa e benevolente se mantém, hoje, sem carros incendiados, sem corpos em caixões simples, ou quem sabe esperando um caixão qualquer num morro de concreto ou numa rocha de lama; neste momento me calo, minha angústia ainda que proferida não caminharia muito longe.

Vendo este tipo de coisa, eu recolho meus problemas à relativização, e tento os guardar em paz num baú que nunca deixo fechado: é o tal do coração, que sevicia o cérebro, e viceversa. Atualmente estou vazio de lágrimas e recheado de tédio, mas sinto que acima de nós há quem aguarde o momento em me oferecer um tijolo para reconstruir e um bloco inteiro de pedra para quem irá renascer, recrescer, re-reproduzir-se e... Alguma fé eu carrego apesar de minha pequenez. Não posso renascer de uma morte falsa. O quase fim é que merece considerações.
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Visitem S. Ribeiro
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Então... Haja!!! - por Davi Rodrigues

Como se naquele momento, pudesse dizer:
Haja vida!
Como se minhas mãos, suavemente pudessem tocar seu coração
E suavemente pudessem, recriar todos os sentimentos que lhe incomodam
Pudessem convertê-los
Pudesse tornar cada momento o mais pleno
Cada lágrima de adeus
em dez mil de felicidade
Que a saudade, palavra única em nosso idioma, fosse pruri
E pudesse transpassar endurecidos corações inter-continentais
Tornando-os saudosos de seus semelhantes
Havidos por abraços
Entalhando em corações maleáveis...
Uma nova forma de amar
Um novo querer ser mais
Um novo querer ter mais
Um novo e tão necessário germinar
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Visitem Davi Rodrigues.................
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Reencarne - por Runa

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Os ventos embalam a face da madrugada,
a atmosfera vibra em harmoniosa melodia,
um halo de crescente luz abraça o horizonte,
e o arco divino se contrai.
Num invólucro de carne, ossos e sangue,
o choro do barro fundido,
arrancado ao torpor das cinzas
e ao secular pó da treva,
ergue-se da terra velada e esconsa
e, abraçando novos caminhos, desperta.
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Visitem Runa
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Aparição - por Aaron Caronte Badiz

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A primeira vez em que te vi, o céu uniu-se à terra. Eu soube, naquele momento, que estava selado meu destino: viver para sempre com você, pessoa que eu tinha vindo encontrar. Ali, minha vida mudou, o sentido de viver transformou-se. Ali, naquele exato momento, eu me senti renascer para outra vida.
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A Noiva - por ZzipperR

Existem tantas formas de renascer e às vezes nos encontramos em labirintos, o renascimento que traz a racionalidade, a dignidade e o ideal humano. A valorização do homem e da natureza em oposição ao divino e ao sobrenatural... O renascimento do ser humano como capaz...
Mando mais um texto para o tema do mês... Espero que gostem!
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A NOIVA
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Ela olhou no espelho, sorriu e ficou admirada com sua própria beleza, toda aquela pressão já não fazia mais sentido, pois seu caminho não poderia estar traçado e ela não compreendia o porquê destas dúvidas, por isso abaixou a cabeça e começou a meditar sobre o seu futuro.
As pessoas estavam agitadas, agora que tudo estava para acontecer, os preparativos, convidados e festa. Ela totalmente indecisa não sabia que caminho tomar, não que ela não gostasse do noivo, não era isso, ela o amava, mas amava também a si própria, seus projetos de vida e estava quase decidida que não nascera para aquilo, preferia uma vida de conquistas e autonomia, ela era uma mulher moderna e não poderia se prender a ninguém.
A consciência não a deixava reagir, depois de tantos preparativos, tantas promessas de amor eterno e o coração estava aflito, pois ela gostava do noivo, estaria abrindo mão do seu amor, por uma porta incerta no futuro. Será que vale a pena? Será que eu não vou me arrepender? Será que as pessoas vão entender? E a minha família, entenderá? Tantas questões que a deixavam louca. Carregada pela situação, ela não conseguia tomar uma decisão e pensava:

Dias atrás ela saiu com a sua mãe, experimentou o vestido de noiva, participou de todos os ajustes e agora não sentia prazer em usá-lo.
Ficou pensando no noivo, como ele ficaria? Qual seria a sua reação? Será que ele a perdoaria? Toda aquela agonia transformava se em desespero e chegou a pensar em desistir de seu projeto futuro, mas sua intuição feminina com a força lutadora da mulher, não aceitou.
O grande momento estava chegando, ela não se conformava com a sua decisão, sonhara tanto com aquele momento e ainda não se decidira quanto ao seu futuro.
Sua mãe estava tão feliz e orgulhosa. Suas irmãs também. E agora? Aceitarão? Sua decisão era de cortar o coração, mas ela estava ficando decidida, porém faltava coragem para agir.

Todos estavam elegantes e capricharam no visual. O pai também estava elegante e preparava se para levar a filha ao altar e entregar ao noivo.
Ela já era bonita e depois de produzida com o seu vestido de noiva virou um sonho. Começou o desespero, pois ela não estava certa de sua decisão, mas foi mesmo contra a sua vontade.
A igreja estava lotada, o pai, a mãe, as irmãs, os sobrinhos, os tios, os primos, a família do noivo, os amigos e o noivo.
A cerimônia começou. Ela tinha que entrar e entrou, porém era outra mulher, já não sorria e estava decidida. Passou por todos que admiravam sua beleza chegando ao altar.
O padre fez o discurso habitual e chegou a hora da decisão:
- Brenda! Você aceita esse homem como seu legítimo esposo?
Ela respondeu:
- Não!
Não falou mais nada, largou tudo para trás e saiu correndo pela porta da igreja em busca da liberdade, ciente de ter tomado a decisão correta, aquela que fazia a pessoa mais importante para ela renascer e ser feliz. Ela!
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Zip...Zip...Zip...ZzipperR
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Visitem ZzipperR
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Eternizar - por Débora Paula

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O que fazer pra eternizar momentos?
Dar o pause, gritar estátua ou fazer uma pose?
Juntar, misturar, agrupar, reunir, unir
No final só nos resta guardar
Guardar na memória
E-T-E-R-N-I-Z-A-R
Tornar eterno o que já é eterno dentro de nós
Tornar eterno o que nos faz bem
Fazer do hoje muito mais do que só hoje
Fazer ecoar no tempo as gargalhadas de hoje ou de ontem, de amanhã ou depois
Hoje... Nostalgia das besteiras que faremos depois de amanhã
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Visitem Débora Paula..........
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Poema - por Cacá

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O pó simbolizando as cinzas, a ema, simbolizando a fênix. E eis que a junção de ambos em “poema” nos faz renascer para a vida.
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Visitem Cacá
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Herdeiros do Vento - por Runa

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Flutuantes,
como pequenas bolhas de sabão,
fervilham
nos retalhos polidos do éter
almas esvoaçantes
na ânsia de vir ao mundo.

Agitam asas mirradas,
sacodem túnicas de pó,
e se esgueiram
ao sopro zeloso do vento
na busca primeva
de um corpo onde ancorar.
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Visitem Runa.......................
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Renascimento - por Leo Santos

A maioria da humanidade
desconhece esse conforto
só pode renascer de verdade,
aquele que sabe que está morto

É que nossos mortos respiram,
dentro de corpos finitos
e gênios malignos os inspiram
a refutarem a vida aos gritos

Chamam vida, à existência
tanto a fazer e a gastar
a senhores falsos fazem continência
ao Único, recusam a honrar

Esperam renascer novamente
muitos corpos pra zombar de Deus
plantaria Ele, de novo, a semente
que teve uma vida e O não conheceu?

Da água e do Espírito, só uma vez
Cristo convida ao renascimento
antes que seja morta, Inês,
que se preparem a tempo

Buscam refúgios ridículos agora
a senda da cruz é muito feia
avestruzes co’a bunda de fora
e a cabeça enterrada na areia

É fácil chutar o pau da barraca
se um hipócrita a Cristo infama
fazer desse acinte uma capa,
é prático, como lavar-se com lama

Meia dúzia de gente desperta
os demais não creem no sismo
mais vale a vereda com chegada certa
que alameda florida rumando ao abismo...
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Visitem Leo Santos
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Renascer das Cinzas - por Alba Vieira

Renascer pressupõe morrer: morte de fato ou morte em vida, morte do ser ou de algo que se relaciona a ele. Mas sempre à morte, à polaridade vida x morte. E se há renascimento, há superação.
O ano começou com a tragédia na região serrana do Rio e agora, no fim de janeiro, passadas duas semanas do desastre, o tema renascimento me remete a estes tristes acontecimentos sob forma de oração.

Que aqueles que morreram encontrem a paz e sigam seu caminho de evolução espiritual.
Que os que perderam familiares, amigos, conhecidos ou semelhantes se conformem e continuem suas vidas para que renasça a esperança em seus corações.
Que aqueles que aguardam a localização dos desaparecidos na tragédia se fortaleçam a cada dia enquanto esperam a identificação do corpo, a alegria do encontro, se o desaparecido estiver vivo ou a aceitação, se não puder ser encontrado.
Que o medo possa ser superado por todos com o passar do tempo e que, para isso, sempre procurem ajuda.
Que as perdas materiais sejam superadas com a ajuda daqueles que têm compaixão, com o socorro do Poder Público cumprindo seu papel com competência e decência.
Que os diretamente atingidos consigam se recuperar através do trabalho e da conformação, mas, acima de tudo, que essas perdas materiais sejam aproveitadas como a comprovação de que tudo é impermanente e, portanto, a vida precisa ser vivida com responsabilidade a cada segundo, principalmente por aqueles que não foram atingidos diretamente.
Que os atingidos pela catástrofe, aos poucos, encontrem, dentro de si mesmos, os meios para renascer das cinzas, através da superação das perdas dos entes queridos, dos seus imóveis e bens materiais, mas, sobretudo, reavivando a esperança num futuro em que seus sonhos poderão ser reconstruídos e sua estabilidade e sua paz possam ser resgatadas, acrescidos da experiência de amor fraternal compartilhado nos momentos da dor.
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Visitem Alba Vieira
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Renascido - por Davi Rodrigues

Como que ao me descobrir em um novo caminho
Atirando-me sem pressa de chegar e plena convicção do objectivo
Sem lágrimas por chorar em arrependimentos
Sem o insólito vazio que minh’alma planjia
Totalitário em bom senso
Sem o sentir do que outrora sufocava
Versos e reverso
Sem pré-supostos
Apenas sendo
Vivendo
Sentindo
Suavemente palco de contemplar
Simples de se compreender
Sigam-me!
Sintam-se à vontade!
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...................Visitem Davi Rodrigues
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Renasço - por Alessandro Santos

Eu renasço nas gotas da chuva,
Me apresento à luz do luar,
Vivo no mundo das nuvens.
Acordo ao som da cigarra
Sonho nos braços do vento
Vivo!

E surpreendo-me ao sorrir de uma criança.
Renasço pela humanidade,
E por alguns gestos por ela feitos,
Renasço quando alguém respeita o outro,
Quando da guerra trazem a paz,
Quando do ódio nasce o amor.

Quando das lágrimas vem o sorriso,
Quando das lamentações vêm as forças,
Quando do sofrer vem a esperança.

Renasço todos os dias
Nos corações de quem semeia o bem.
Por isto, e só por isto,
Sou imortal.
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Novo Personagem - por Runa

Quando se esgotarem
as áridas páginas deste livro
e finalmente me liberte
desta trama sem sentido;
de novo estenderei
minhas asas enrugadas
e retomarei meu secreto voo
através das brancas planícies,
resgatando minha alma
ao abraço estridente da névoa.

Durante algum tempo
voarei apenas, ao acaso,
sem rumo traçado,
livre do vago desfolhar de páginas
e dos sortilégios rígidos do guião
que me acorrentam aos rochedos
e me impedem de mostrar quem sou.
Deixar-me-ei levar pelos ventos
e pelas marés serenas do esquecimento,
atravessando o esplendor das neblinas
e o arrastar vagaroso dos séculos,
até que, de novo,
me sinta purificado
e cresça em mim
o incontrolável desejo de voltar,
numa diferente historia,
encarnando um novo personagem.
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Visitem Runa
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PARTICIPE TAMBÉM!

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181 PESSOAS JÁ PARTICIPAM DO DUELOS!
BEM-VINDA, KÉSIA MARA!
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COMPONHA UM TEXTO SOBRE QUALQUER TEMA LISTADO NAS CATEGORIAS
(OU PROPONHA OUTROS), DEIXE AQUI EM “COMENTÁRIOS”
OU ENVIE PARA O E-MAIL shintoni@terra.com.br, QUE SERÁ POSTADO.
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AGRADEÇO A TODOS VOCÊS QUE COLABORAM E NOS PRESTIGIAM!
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Ressurreição - por Késia Mara

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Levantar-se. Erguer-se. Voltar à vida. “Ano novo, vida nova”, se duvidar já virou clichê. Para quem tem vocação de planejar, assim o faz. Mil planos, todos traçados para chegar a algo. Muitos preferem e se apegam ao antigo, ao velho. Aí fazem aquela listinha com o básico: “Nesse ano vou emagrecer, vou fazer mais exercícios, vou trabalhar menos e viver mais e assim eu vou como sempre”. Outros optam por tentar novamente, como se o novo ano fosse detentor de todas as realizações: “Nesse ano, vou comprar minha casa, meu carro, vou guardar dinheiro para uma viagem, vou ser mais feliz”. Não julgo os que escolhem o óbvio, o de sempre. Muito menos julgo os que acreditam nas coisas em que podem conseguir em um ano novo. Admito que tenho um pouco dos dois tipos. Ressuscitar sonhos, desejos, vontades lá do fundo da alma. Objetivo. Somos escritores de nossa própria história, mesmo que tenhamos um mero grão de mostarda como “fé”, diz um livro sagrado que montanhas se movem. Querer. Quando o temos, vem do fundo da alma. Deve estar bem lá no fundo. Esforço. Enfim de volta à vida.
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Visitem Késia Mara
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Renascimento - por Vera Celms

Renascer, reviver, reconstruir
Começar do zero,
Missão que parece impossível,
Difícil, inexplicável,
Quando tudo o que temos rui,
Quando aqueles a nossa volta nos apedrejam,
Nos deixam,
Quando, literalmente, a casa cai,
E precisamos juntar os pedaços,
Dos escombros, fazer a base
para uma plataforma segura,
Cimento por cima, concreto,
Piso firme...
As pedras, juntadas, poderão até fazer um castelo,
Os cacos, na reconstrução,
emendados, viram inteiros,
decorativos ou basais,
mosaicos ou reciclados,
Peça por peça, se monta o “quebra-cabeça”,
Lembrança a lembrança, se faz uma história,
Momento a momento se faz uma vida,
Pessoa a pessoa, fazemos relacionamentos,
Famílias, bairros, cidades, países, planetas
Ainda que a chuva leve,
Ou que a guerra destrua,
Os que os vulcões ou tremores encubram,
De lavas, entulhos ou poeira,
O material rui, acaba, estilhaça,
Racha, fragmenta, vira pó...
A vida não acaba,
Acaba o corpo, a matéria,
Insubstituível, irreciclável,
Falta irreparável, inconsolável,
A alma continua,
Pronta pra recomeçar, ainda que demore,
Pra renovar,
Pra reconstruir
Pra renascer, corajosamente
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......................Visitem Vera Celms
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O Brinquedo Quebrado - por ZzipperR

Aqui em São Paulo, eu conheci uma professora que me mostrou um rascunho em um papel. Olhei aquele texto e me apaixonei, apenas não concordei com o final que acabava em uma vingança. Daí, ela me deu a liberdade de reescrevê-lo da melhor maneira. Escrevi mais de vinte vezes este texto, para passar a mensagem que eu queria. Ele ficou assim:
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O BRINQUEDO QUEBRADO
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Num belo dia, quando eu passava pelo meio de um lindo jardim, deparei com um brinquedo quebrado, abandonado, tristonho e todo sujinho.
Coitadinho! Como ele pode chegar a esta situação, depois de ter alegrado tantas crianças tristonhas e necessitadas de carinho?
Que triste sina é estar aqui jogado! Como eu gostaria de sentir aquelas mãos pequeninas e delicadas passando no meu corpinho e me acariciando com aquele jeitinho de anjinho. Até quando vou estar aqui, perdido nesse mundinho, sem rumo e sem direção? “Que tristeza sem fim...” - pensou o brinquedo quebrado muito desolado.
Mas a história mudou o destino e levou o brinquedo a encontrar outro caminho: uma criança feliz passando pelo jardim encontrou o brinquedo quebrado, pegou-o em seus braços e levou para sua casinha, lavou-o bem lavadinho e consertou com aquele jeitinho. E o brinquedo pensou: “Como é bom receber carinho!”.
Olhando esta história, eu fico pensando porque a vida é assim: em alguns momentos somos importantes e em outros, com o passar do tempo, deixamos de ser?
Talvez seja apenas uma questão de escolha, ou seja, ser um verdadeiro amigo e saber reconhecer os verdadeiros amigos, aqueles que perdoam nossos defeitos, sentem a nossa falta, cuidam da gente, com certeza nos amam e nunca irão nos deixar como um brinquedo quebrado abandonado, dando-nos a chance de renascer para a vida.
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Uma Professora e ZzipperR
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Visitem ZzipperR
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Das Entranhas - por Davi Rodrigues

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É a pura concentração do que se quer
É o mágico colorir da manhã
A Bela e a Fera
A barriga a gestar e o fruto que perpetua
Da ideia ao invento
Banho pós dia de trabalho
Do emprego novo
O riso da criança que chorava
A fé que perpetua sua conclusão
Filho que chega às quatro da manhã
Dente extraído pós dor
Copo d’água após a corrida
A bandeirada sem carros à frente
O beijo depois do sim do altar
Renascentismo
A invenção da roda
Miauuu!!!
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Depuração - por Runa

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Muitas vezes já morri nesta vida.

Muitos corpos já enterrei, dentro de mim.

E sempre renasci, do próprio sangue,
das cinzas e dos véus das mortalhas,

num outro eu, a cada morte revigorado.
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Visitem Runa
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domingo, 30 de janeiro de 2011

Duelando Manchetes XI: Homossexualidade (III) - por Vera Celms

S.Ribeiro,
O Dr. DRAUZIO VARELLA é, por si, polêmico em suas opiniões, das quais, a maioria conhecida por mim até agora, partilho.
Quero parabenizar a TODOS, por participarem desse DUELO... Acho que assim o objetivo do BLOG se justifica.
Aliás, o que seria do amarelo se todos gostassem do vermelho, não é mesmo? Mas claro que não temos de bater no amarelo até que ele fique vermelho para que todos possam apreciar... rs...
Desculpe a brincadeira... o assunto é serio... mas o foco aqui é a homofobia, é a onda de violência (assim como o racismo) aos índios, aos incapazes, às crianças, aos idosos, às mulheres, enfim, a todos aqueles que têm CARACTERÍSTICAS DIFERENTES de nós ou da grande maioria.
NÃO À VIOLÊNCIA DE QUALQUER ESPÉCIE, BEM COMO AOS EXCESSOS E FANATISMOS...
Viver normalmente é muito melhor...
Beijos a todos...
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Resposta a Duelando Manchetes XI: Homossexualidade, de S. Ribeiro.
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Visitem Vera Celms
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Pinguim Ateu - por Ana

(Paródia de “Coração Ateu”, de Sueli Costa.)
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O meu pinguim ateu quase congelou
Na Antártida, procurando um afim...
Tantas ideias, e ele só, tão longa espera...
Pobre do meu pinguinzinho ateu...

O pinguinzim por certo tempo publicou
Seus argumentos sobre não existir Deus.
Sua palavra passeou de mão em mão,
Em tantas mentes ecoou...

Então chegaram por ali
Mesmos pensamentos
(Eu estava lá, eu vi!).
O meu pinguim ateu
Já não chora, virou lenda!
E a party começa agora!
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Inspirado em: “Ou estariam eles [os ateus] tentando cooptar mentes, fugindo da solidão,
para junto a outros, se aquecerem mutuamente como os pinguins no rigor antártico?”,
do post Desmascarando Deus, de Leo Santos.
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Pensando a Respeito da Tragédia na Região Serrana - por Alba Vieira

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“Nada como a dor alheia para desviar nossa atenção da responsabilidade com a nossa própria vida.”
- Há alguém que sofre e clama por socorro dentro de nós, da nossa casa, em nosso trabalho ou na vizinhança e nós não ouvimos seu apelo cotidianamente.
- É importante aproveitar a iniciativa de socorrer as vítimas de grandes tragédias para estender esta solidariedade também àqueles que estão perto de nós.
- Atenção para o fato de podermos estar apenas tentando expiar nossa culpa ao darmos os donativos, como quem diz: Agora que já prestei ajuda, qualquer que seja, tenho a permissão de voltar a ser feliz com a minha vida de banalidades, apesar da desgraça alheia tão próxima.
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Visitem Alba Vieira
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Enchentes - por Cacá

O que mais atraiu o homem para a vida em comunidade, fazendo-o deixar de ser nômade caçador foram as terras férteis nos vales dos rios, depois que eles passavam por um processo de cheias e transbordavam. Os primeiros registros históricos nesse sentido vêm do Egito, nos vales alagados do rio Nilo.
Um dia, algum espertinho passava por ali, jogou fora umas sementinhas de frutas que estava comendo e continuou sua caminhada. Algum tempo depois, voltando para procurar mais alimentos, viu que elas haviam germinado e se transformado em plantas viçosas. Cansado de tanto andar para poder comer, resolveu chamar a sua turma para uma reunião e mostrou seu grande feito. Estava criada a agricultura de subsistência. Ali mesmo fincaram barraca. Começaram a domesticar animais e a plantar outras coisas. Vendo que o negócio era mesmo bom, construíram em volta as primeiras casas, daí se transformaram em vilas. Outros nômades, vendo a próspera aglomeração foram chegando, chegando e eis a história das cidades começando a engatinhar.

A natureza continuou suas peripécias maravilhosas para manter o seu equilíbrio, mandando ver com sol, chuva, ventos, frio e as demais coisas das quatro estações, inclusive flores na primavera para enfeitarem os romances que iam surgindo no meio daquela gente toda ali reunida. As enchentes continuaram e de vez em quando alagavam algumas casas mais próximas do leito do rio. Como não havia poder público ainda, nem para resolver nem para atrapalhar, cada um dava seu jeito, arredando mais para diante. Alguns incautos acabavam levando a pior, afinal nem tudo era bem pensado. Assim foi se sucedendo e o homem, tão logo saturava aquele lugar depois que exauria os nutrientes do solo, ia em busca de outros vales férteis.

Isso eu acho que acabou se transformando num costume; mais pela necessidade e falta de outros recursos tecnológicos do que por insensatez. Também há que se levar em conta que naqueles tempos havia muito pouca gente no mundo e espaço não faltava. Nem rios, nem lagos, nem terras férteis. As águas, depois que o homem aprendeu a encaná-las e a fazer reservatórios, deveriam ter ensinado ao homem que ele não mais precisava construir tão próximo desses locais, pois enquanto elas não secarem de vez e a natureza continuar buscando seu equilíbrio, vai haver chuvas abundantes e as enchentes vão tomar proporções cada vez mais catastróficas... No entanto, hoje, se olharmos para a maior parte das cidades do mundo inteiro, veremos que elas estão às margens de um rio, ou melhor, elas agora engoliram os rios, que ficaram prisioneiros em seus leitos canalizados, oprimidos pelo concreto para dar lugar a mais e mais pessoas, casas, ruas e automóveis.

É verdade que nesse meio tempo a desigualdade sócio-econômica foi se acirrando e os mais pobres ficaram sem muita opção de locais para morar. Quem tem mais posses afastou-se das margens, encanou e levou a água para lugares mais altos e com a desvalorização ou o desprezo pelas áreas ribeirinhas, é quase natural que estas camadas de populações fossem se alojar por ali e ficar à mercê do rio que tudo arrasta quando a chuva é torrencial. Ou então procurarem as encostas mais altas, sem, entretanto disporem de um serviço de engenharia que os auxilie na montagem segura de suas residências que desabam como papel, já que as chuvas caem lá em primeiro lugar.
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“DO RIO QUE TUDO ARRASTA SE DIZ VIOLENTO. MAS SE DIZEM VIOLENTAS
AS MARGENS QUE O OPRIMEM.” (B. Brecht)
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Visitem Cacá
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Morte Absoluta - por Marília Abduani

Quem me dirá quando eu, tonta,
me apodrecer nesse espanto:
- A tristeza foi seu guia
em cada meia-noite em ponto.

Quem me dirá quando eu, muda,
absurda e morta de sono:
- Esta, só foi calmaria
e só recebeu abandono.

Quem me olhará com ternura,
paciente e morto de medo:
- Esta, não teve nem face
foi uma sombra sem segredo.

Quem lembrará, certo dia,
com agonia e com aflição:
- Esta, não viveu a vida
foi pura desilusão.

Quem pensará com saudade,
piedade ou seja o que for:
- Esta, não teve um espelho,
foi apenas retrato sem cor.
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Visitem Marília Abduani..............
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Vou me Mudar pra Roça... - por Paulo Chinelate

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Janeiro é para todos ou quase todos o mês da “depressão” financeira. E fico me lembrando do amigo Pedro Paulo. Ah! como hoje dou razão a ele. Vendeu a casa em Fortaleza, arrumou as trouxas e se mandou para o sertão do Ceará. Interiorzão dos brabos. Justificativa: “Não aguento mais a pressão da cidade grande”… e tecia o rosário de razões que a minha razão àquela época desconhecia: pagamentos de IPTU, IPVA, Seguros de Vida, Seguro do Carro, ITBI, II, ISS, ICMS, Cide Combustíveis, Cofins, CSLL, IOF, IPI, IOF, IPI, IOF, PIS/PASEP, Cartão de Estacionamento, Cartão de Crédito, Passe de Ônibus, Internet, TV a Cabo, Taxas de Condomínio, Gás, Luz, Água e Incêndio, Emplacamento do Carro. Ufa!
E lá se foi o Pedro Paulo. Mas, pensando bem, fugindo pra onde? E consegue se esconder? Ele jurou não comprar nem gás. Ia cozinhar a lenha. Coitado, nem ali, no seu fogão a lenha, feito do barro do riacho das águas de março (depois nem barro tem), como é que ele ia acender o fogo? À moda indígena? Garanto que não. Ia consumir uma caixinha de fósforos “Fiat Lux”. E nela tendo: IPI, ICMS. Para chegar na taberna mais próxima para buscar o sal, papel higiênico, charque e quinquilharias necessárias, irá de alpercatas que gastam e terão que ser trocadas. Lá vai o nosso Pedro Paulo a contribuir ao fisco, na marra, com o quinhão que lhe pertence. Sem se livrar nem um “tiquim” do famigerado IR.
Sei não. Depois destas linhas, já não estou dando tanta razão ao amigo fujão.
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Quau-a-regra? - por Ninguém Envolvente

Não cei mais quais paroxitonas serão acentuadas ou se tico-tico tem trassinho.
Penso nos meus livros que agora estão escrivinhados de maneira errada e na falta de serviso de unificar a língua portugueza.
Ficou mais faciu para as criancinhas semi-alfabetisadas, mas pra mim que sou burra véia e tinha decorado certas poucas regras nem precizo diser o quanto estol puta-da-vida.
Não bastace ter um MOLUSCO no comando do meu pais ou país agora eu ja nem sei mais que lugar eu boto meus acentos talvez no do Judas, quem sabe...
Mudaram também a virgulinha?
Queria mesmo é que os colarinhos brancos paracem de inxer lingiça e fisecem augo decente, mudace as lei ou coisa acim e não trassinhos e virgulinhas e pontinhos.
Vão me dar um novo dicionario? Acha que é barato um dicionario? É não...
E quem quer saber? Não é a retirada dum trassinho que vai deixar a gente de entender a lingua patría né? O leitor mais informado deve ter visto a gafe do governador do páráná (na dúvídá eu vou acentuar toda vogal agora): o Molusco Lula mostrou um VRIDO com MAMONA e o cara comeu um punhado como se foçe amendoim e eu então com meus vinte-e-um anus de sabedoria, fico aqui pensando com meus botões se o que acontesseu com o governador foi um erro banal de sêmântíca ou eu que sou da roça demais e por isso sabia o que era mamona...
Não gostei do desacordo ortrogafíco.
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Postado, originalmente, em 02/01/09.
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Geometria - por Leo Santos

Um colchão pra dois,
esquecido atrás do roupeiro;
No estrado, um colchão de solteiro.
O que chamara esse de ultrapassado,
convive com motejos,
do que foi ressuscitado.

Coração tapera,
ocupado por nenhum;
em outro solo, brasas
no colo de um terceiro;
Na glória sonhara se ter realizado,
sorve a ignomínia,
destino zombeteiro…

Plantador sem terra,
porque desapossado;
Não mira o prado,
poupa seus olhos;
Não é um desinformado,
sabe que há na terra da vide,
viçosa prole dos abrolhos.

Triângulo amoroso?
De geometria sabem nada,
onde há perfídia,
é inóspito pro amor;
Ademais, a figura é quadrada,
Com as digitais de Apolion,
o destruidor…
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Visitem Leo Santos................
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(Sem Título) - por Leila Dohoczki

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Ouve este canto
Pátria minha, mãe amada
Dos filhos teus em teu louvor?
Não há quem te conheça
E não guarde por ti amor,
Porque guardas no calor do teu abraço
Cada um que te abraçou.

Cantam homens e mulheres
Na lutas diárias da vida
A paz que te faz a glória
A terra que tudo germina.
Toda gente que te engrandece
Na história da tua vida.

E cantam por todo o mundo
Toda tua face de encanto
Generosa mãe gentil,
Tuas verdes matas
O cantar das cachoeiras e cascatas
O sol, no céu azul de anil
Todas as flores, todas as cores
E o canto dos pássaros,
As terras que Gaia elegeu
Princesinha da natureza, linda!
Protegida pelas mãos de Deus.

Ouve este canto, mãe amada
Destes teus filhos varonis
Deixe que ecoe pelos séculos
Essa canção de amor sem fim
Que todos saibam que este canto
É somente pra ti, Pátria amada, BRASIL!
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Turbulência - por Gio

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Contam-se os dias para a chegada do tão temido Último Ano. Contam-se os décimos para saber se estarei apto a cursar Último Ano. Contam-se as horas para a minha próxima apresentação (musical, ao menos), em plena Mostra de Produção Universitária. Contam-se as semanas em que a minha cabeça não para de funcionar, inviabilizando qualquer vestígio de postagem. Contam-se as moedas para controlar os meus gastos, que por enquanto ainda são bem poucos. Incontáveis são as vezes em que eu parei para pensar sobre tudo isso.

O problema talvez seja organização. Não me falta tempo; eu só não sei como gerenciá-lo. Ou talvez saiba, no campo utópico e colorido da teoria. Como todo futuro engenheiro, sei que a prática tem grande importância, e portanto isso não basta. E me cansa perceber que eu sei como fazer certas coisas, mas não consigo ou fujo de aplicá-las. Tenho melhorado muito, é verdade, mas não me basta. E isso é um dos rastros de pólvora que pode fazer minha cabeça explodir.

Vai ver, eu só preciso de umas férias. Arejar a cabeça, extrair cirurgicamente cada preocupação que orbita meus pensamentos. Ter não tempo, mas disposição para dar cabo do meu estoque de livros, e me sentir menos culpado na aquisição dos próximos. Ter calma para analisar os caminhos que aparecem à minha frente, e liberdade para poder escolher entre o que me parecer mais certo. Tranquilidade para poder escolher o caminho errado, e então recomeçar – pois nem para isso tempo me falta.

Quero mais que férias da faculdade, férias do trabalho: quero férias da vida. Chegou o momento em que quero fazer minhas próprias escolhas, e que ainda preciso de conselhos e um norte, mas não sempre; às vezes, o apoio é tudo o que se precisa. O resto é interferência.

A minha mente anda com os circuitos em overclock, ponderando sobre cada aspecto do meu futuro. Futuro a curto, médio e longo prazo: todos me preocupam, e todos exigem de mim decisões. Importantes, incisivas e instantâneas. O futuro a curto prazo é mais fácil de resolver; tratemos o médio: crescer um pouco mais minha base enquanto posso, ou sair do ninho e cavar a própria independência?
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Postado, originalmente, em 12/11/09.
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Fazendo a Energia do Guarda-roupa Circular - por Fatinha

Querido Brógui:

Todo final de ano é a mesma rotina: faxinão no guarda-roupa, separar roupas que não uso mais, roupas quentes para guardar pro ano que vem, abrir espaço e circular a energia. Minha filosofia nesse aspecto é bem clara: aquilo que não usei durante um ano inteiro é porque realmente não preciso, então, que vá para quem faça uso.
Comecei a fazer isso há centenas de anos, quando li no jornal uma entrevista na qual um ator dizia que, ao se queixar com um amigo de que não conseguia alcançar as coisas materiais que almejava, este lhe disse que deveria dar mais e acumular menos. É a tal da circulação de energia a que me referi. Segui o conselho e comecei a me desfazer de tudo aquilo que guardava apenas por guardar, com pena de dar. Um apego bobo. Com o passar do tempo, o prazer de fazer as doações foi aumentando e agora, quando faço a faxina de final de ano, o volume de coisas acumuladas é sensivelmente menor, já que o hábito ficou meio que automático. Sempre que compro uma peça nova, dou uma antiga.
Passo o conselho adiante: desapegue-se. É um exercício muito bom para sua espiritualidade. Se não quiser fazer isso em prol de seu espírito, que o faça pensando no lado material: quanto mais você doa, mais você ganha. O Universo tem essa regra, que não dá pra discutir.
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Postado, originalmente, em 07/12/08.
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(Sem Título) - por Adir Vieira

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A segunda-feira ensolarada me chamou para a vida. Vida externa, longe do meu perímetro. Ainda na cama, refrescada com o ar condicionado no ponto mais alto, quase sentindo um frio de inverno, comecei a viajar além da porta do quarto.
Como num sonho, vesti-me com roupas leves e calcei as sandálias brancas preferidas. Rapidamente, para aquele momento não me fugir, lavei o rosto, escovei dentes, prendi meus cabelos, passei pela cozinha, tomei meio copo de leite gelado.
Saí porta afora, carregando uma bolsa de palha e entrei no primeiro táxi que passou por mim.
Ao perguntar-me sobre o local de destino disse simplesmente praia!
Necessitando de mais detalhes sobre o local, o motorista perguntou se eu preferia à praia da Barra. Aquiesci e, em quarenta minutos, eu estava frente a frente com aquele mar maravilhoso, há tanto tempo não mais visitado àquela hora da manhã.
A praia, quase deserta, parecia me esperar.
Descalcei as sandálias e caminhei pela areia ainda fria, rumo as primeiras bolsas d’água. Afundei meus pés até a altura dos joelhos e saboreei aquela energia, tão minha conhecida.
Coisas simples, só nossas e que tão bem nos fazem!
Pena que foi só um sonho...
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Uma Bela Vista - por Luiz de Almeida Neto

Quando a tarde já ia embora, quase na esquina da noite, aquele tom que colore o céu fica mais lindo, o mundo inteiro fica mais pacífico e parece que tudo deu certo. Eu me sento de frente para a vista linda que contemplo, sem me perguntar nada, em um raro e inesquecível momento de contemplação.
E me lembro dos dias que já vivi, e dos dias que ainda virão, e me pego com minhas lembranças, minhas lindas e marcantes lembranças. Do pôr do Sol, da companhia, da amizade, do respeito.
Depois, contudo, sem querer, o futuro vem e bate à porta como que cobrando, querendo, adivinhando, suspeitando. E parece então que tudo se estragou.
Sorte minha o céu estar pintado em cores lindas para me animar neste momento, e eu penso, quase sem pensar, que o rosa e amarelo sutis deste momento devem valer uma vida inteira. Nada é tão bom quanto viver este momento entre o passado e o futuro, que contemplamos enquanto lembramos e adivinhamos, e que, por tantas vezes, desperdiçamos.
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Selo “Minha Nota é 10 pra Você!” - Recebido de Gio

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O Duelos Literários, honradíssimo, recebeu mais um selo.
Desta vez, foi o selo Minha Nota é 10 pra Você, das mãos de nosso amigo Gio.
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Hoje o selo é publicado aqui, com um enorme agradecimento ao nosso autor que, efetivamente,
fez por merecê-lo, pois possui um blog extremamente criativo e bem-humorado,
no qual podemos encontrar toda a inspiração de Gio.
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Regras? Sempre, né...- Escrever uma lista com oito características suas.
Perseverança, organização, otimismo, curiosidade, autodidatismo, boa vontade, ecletismo e urbanidade.
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- Convidar 8 blogueiros para receber o selo.
Este selo é dedicado a todos os nossos autores.
Estejam à vontade para colá-lo em seus blogs, com os cumprimentos de shintoni.
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- Comentar no blog de quem lhe deu o selo.
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- Comentar no blog de quem você escolheu.
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O Êxito Deveria Vir Só para Quem Faz o Bem - por Tércio Sthal

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E ensina as outras pessoas a fazê-lo também......................................................
(Tércio Sthal).....................................................
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PESOS E MEDIDAS

Quando surge a dúvida
sobre a incapacidade de fazer algo,
faz-se o que precisa ser feito
sem empenhar grande esforço.

Quem não muda de ideia
ou não tem ideia para mudar,
é, certamente, a mais infeliz
das pessoas que conheço.

Só cresce e se desenvolve
a pessoa que está disposta
a quebrar paradigmas
e superar seus próprios limites.

A pessoa sem discernimento
é capaz de rir de tudo e de todos,
mas quem não sabe rir
de nada e de ninguém, é um estúpido.

Somos capazes de julgar
com maior propriedade as nossas ações,
e com menor propriedade
as ações das outras pessoas.

O carneiro, para sobreviver,
muda o seu comportamento:
veste-se como lobo,
uiva para a lua e faz cara de mau.

Cada pessoa deve fazer
o bem a si mesmo e ao seu próximo;
não há mérito nenhum em fazer o bem,
é tão somente um dever.

Os leões são aplaudidos
ao devorarem pessoas na Arena.
Eis o mundo dos homens,
eis o mundo do espetáculo.


Os leões devoram porque tem fome,
mas o Ser Humano,
sem o senso de humanidade,
apenas por sede de sangue.

‘Solta Barrabás, e crucifica Jesus,
bradava o povo’.
A voz do povo é a voz de Deus?

Nem sempre ser democrático
quer dizer acertar a mão:
Jesus Cristo foi crucificado
e Barrabás foi solto.

Em nome da democracia,
dos direitos individuais e da liberdade,
quantos desvios de conduta,
quanta falcatrua, quanta barbaridade.

Afinal, o que é Democracia?
O domínio da maioria
ou casa que todo mundo enfia a colher
e mexe, mexe, mexe, sem saber o que quer?

Deus me livre de ser democrático
a ponto de reconhecer
só o direito das maiorias
e não mais reconhecer
o direito das minorias.

Ser democrático
nem sempre quer dizer
acertar a mão.

Quem detém o poder
deveria ajuizar
em fazer, e/ou mandar fazer,
só o que é bom e belo,
justo, honesto e necessário.
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Sobre Você - por Yuri

Talvez eu fique mais forte ao penetrar um novo raio de sol em minha pele.
quando ninguém mais mentir para mim, ninguém mais vai estar aqui para poder me abraçar
quando aqueles não pretenderem mais me ter em suas mãos
a vida hoje é feita de trocas. Então nada estará feito
quando o equilíbrio do recíproco parar de funcionar, todos se explodirão
eu sinto muito que tudo esteja girando agora
mas quando eu me jogo em minha cama, tentando me acalmar
eu costumo contar até dez.
E você costuma ser o número um
porque eu sei que quando o mundo estiver se quebrando em volta, você estará
me protegendo de todos os males.
Nesta hora, do seu lado, eu me sentirei mais forte
e não precisarei passar do número um.
Não penso jamais em me quebrar em pedaços agora, porque... porque...
é assim que eu me sinto sobre você
eu só acho que todos nós devemos agarrar uma chance boa, quando ela vem
porque penso que é na hora certa.
Pessoas querem momentos felizes.
Quando eu ouço falando sobre... me vem logo você à cabeça
Inacreditável!
No tempo certo, eu estava caído o suficiente para você me levantar
com um sorriso... foi recíproco!
Porque tudo pode mudar, os pixels podem se apagar,
mas as folhas que caem jamais voltam para o galho de onde caíram.
Logo, eu não passarei do número um
porque no intervalo, quando saímos, todos ficam pulando e pensando em farra
enquanto eu apenas espero você chegar.
É mais ou menos assim que eu me sinto sobre você
vejo você virando a esquina, olhos brilhantes
cabelos ao vento, sorriso no rosto
você traz com você um presente:
seu coração!
Eu sei que não há nada de errado, nem está tudo tão certo
pois a perfeição não existe
mas os ponteiros da tristeza adolescente não descem mais
simplesmente porque se trata do número um e eu não conseguiria continuar
se não tivesse você por perto agora
porque é assim que eu me sinto sobre você agora.
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Visitem Yuri...............
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Estão de Olho no Bolo - por ZzipperR

Fico imaginando a cabeça do eleitor em época de eleição. São tantas informações e mentiras. Frases como: “Você é o patrão”, “Pense bem antes de votar”, Vote certo”, que chegam a ser cômicas, pois só têm um propósito: o de iludi-lo e persuadi-lo para desorientar o seu poder de decisão e tomar o seu voto, isso mesmo, tomar o seu voto.
Se vocês me perguntarem se algum eleitor votou certo, eu respondo com toda certeza que não, pois a partir do momento em que o eleitor confirma o seu voto, ele já está arrependido, porque já tem a certeza de que será traído e que aquele candidato não fará nada por ele, nem por sua família, nem por seus amigos e nem por ninguém. Quer saber por quê? Vou lhes dizer: Eles estão apenas de olho no bolo.
Tente imaginar a última vez que um candidato fez alguma coisa de bom para a sociedade sem procurar favorecer interesses próprios. Tente! Consulte sua memória. Vai perder tempo e não vai encontrar nada, porque não existe, é sempre uma armadilha preparada para interesses próprios, não adianta correr que o aumento vai te pegar.
Para nós só resta a certeza de que fomos enganados de novo e que nada será feito para melhorar a vida do povo que elegeu até candidato cassado porque quis comer uma fatia muito grande do bolo e acabou se engasgando, esse é o caráter dos comandantes deste país. Não importa o partido. Aquilo virou uma festa e todos estão apenas de olho no bolo e para nós só resta pagar taxas e impostos que eles não param de inventar para aumentar o bolo que nunca conseguirá satisfazê-los.
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Zip...Zip...Zip...ZzipperR
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Visitem ZzipperR
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Quando Chorarem... - por Davi Rodrigues

Olá, meus amigos!!! Estou aqui de novo!!!

Me ajudem na divulgação de meu Blog!!!! Não deixem de fazer uma visitinha! Podem deixar comentários e sugestões!!! É só clicar no link abaixo do pensamento! Valeu galera! E já sabem: se gostarem, divulguem!!! Se não gostarem, postem seus comentários, críticas, sugestões no blog! Agradeço a todos e entro em contato na sequência em que receber os comentários!!!
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De Seu Amigo Davi
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Quando Chorarem...

Tentem se olhar mais atentamente no espelho
Pisquem os olhos
Percebam o precioso líquido lacrimal
Vejam como ele torna límpida sua visão
Seja esse precioso fluido
Fluindo dia após dia
Tornando-se cada vez mais límpido,
tornando-se caminho entre você e seu próximo
Não se derrame por tristezas
E seja forte corrente na felicidade
Umidifique a secura das palavras que não disse ao amigo,
as incertezas que não germinaram por não crer mais em si mesmo
Lembre-se: o sal é o tempero para os alimentos
Seja o sal que essa lágrima é capaz de produzir
Seja o tempero que falta onde estiver achando amargo viver!
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............................................................Visitem Davi Rodrigues
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(Sem Título) - por Poty

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Você não é a cor, é o próprio pecado e quero pecar para sempre.
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..................................................Visitem Poty
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Você Já Pensou em Dar um “Reboot” na Vida? - por Izabel Sadalla Grispino

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Para viver em um mundo onde a mudança é a única certeza, reciclar-se pode ser tornar fundamental para quem quiser continuar a viver:

“Quando a dor vem e vai a esperança,
Lembre que o sol sempre aparece,
Que há entre Deus e o homem forte aliança,
Que o sol se põe e a noite acontece...”
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Aprecie o resto desta bela poesia em um vídeo de 51 segundos: Reciclar-se para Viver.
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Desmascarando Deus - por Leo Santos

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Fiz coisas boas que me deram prejuízo, e coisas más que me deram lucro.
(Graciliano Ramos)
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É inerente ao ser humano pautar suas ações em virtude de algum bem, segundo seu apreço peculiar. Como versa a citação supra, o bem moral, e o materialmente vantajoso, não tem, necessariamente relação.
Entre os temas que ensejam posições contraditórias, nada se equivale à existência ou não, de Deus. Pelo menos um Deus pessoal, que vise disciplinar a vida humana, segundo sua vontade. Quanto à um “Deus” genérico, oco, amoral, distante, esse não incomoda; na verdade, serve de bengala à maioria das pessoas. Contudo, se, evocado segundo o que seria a Sua Palavra, gera reações violentas, contraditórias, apaixonadas. É como se um ente maligno (seria Ele?) ferisse às consciências e às mentes, dando azo a refutações desinteligentes, desconexas.
Uns, advogam que os crentes devem se atualizar, deixando postulados medievais e acompanhando a evolução humana; logo, afirmam que a Bíblia foi “atualizada” muitas vezes, de modo que já não guarda a vontade original de Deus, que seria mais antiga. Ora somos antiquados demais, outra, atualizados demais... Há ainda os que não toleram ouvir a simples citação de textos bíblicos que discordam, e nos acusam de intolerantes. Ainda, os conceitos emitidos por Deus acerca do comportamento humano são redefinidos como preconceitos; mais: pessoas desconhecidas, em razão de crerem de modo diverso, são chamadas de hipócritas... mas, não seriam os tais pessoas falsas, que dizem uma coisa e fazem outra? Se apenas suas opiniões são conhecidas, e não seus atos, essa pecha não seria preconceituosa? Enfim, a existência de Deus, mesmo a ser confirmada, parece fazer mais mal que bem. Sendo assim, parece válida qualquer tentativa para extirpar isso. Sendo um mal universal, deve ser cuidadosamente investigado, e, se possível, erradicado.
Vamos tentar fazer isso, atentando a duas possibilidades: a) Deus não existe, trata-se de um mito; b) Até existe, mas não é tudo isso.
Sabemos que o homem, malgrado sua veia criativa, não é um criador “ex-nihilo” a partir do nada, antes, um manipulador do pré-existente, daí, o dito que “nada se cria, tudo se transforma.” Isso se dá, mesmo no campo das idéias, pois os mitos são fruto da tentativa humana de explicar e entender o transcendente. Qualquer homem, porém, à luz de uma análise honesta, descobrir-se-á imperfeito. Natural, então, que os mitos, gregos, romanos, nórdicos etc. sejam deuses eivados de imperfeições, à imagem exata de quem os criou. Aliás, foi por questionar a validade de tais “deuses” que Sócrates, o filósofo, encontrou a morte em Atenas. Referindo-se a certos deuses que contariam mentiras em seus interesses, objetou: “Se são deuses não podem mentir, se mentem, não podem ser deuses.
Se, pois, as projeções mentais humanas não podem exceder aos valores que o homem encontra em si mesmo, de onde teria surgido a ideia da perfeição? (Perdoem-me se faço o papel de advogado de Deus, por ora isso é necessário, em vista do que possam dizer eventuais adversários, precisamos nos precaver.) Prosseguindo, com qual “matéria-prima” o homem elaborou um conceito tão nocivo à raça, bem como o mito de Jesus Cristo que, segundo Paulo, seria a fraqueza e loucura de Deus; contudo, resultou mais forte e mais sábio que todos os homens? Parece que um gênio maligno persegue a humanidade, nos lançando em rosto nossa imperfeição e fazendo-nos desejar o impossível. A favor da ideia do mito temos ainda os ensaios ateístas que escrevem por aí... mas, alguém combateria algo que não existe? Escrevem, os tais, por convicção ou incerteza? No primeiro caso, porque não descansam nisso, ao invés de um engajamento tão difícil? Quererão, talvez, libertar multidões que estariam presas no engano? Por que? A ideia de amar ao próximo não seria um conceito de Deus? Ou estariam eles tentando cooptar mentes, fugindo da solidão, para junto a outros, se aquecerem mutuamente como os pinguins no rigor antártico? Talvez, se usarmos no tribunal a ideia do mito, nossos adversários nos coloquem em muitas saias justas, como vimos. Restaria a alternativa de que Deus, de fato, exista, mas não esteja com essa bola toda. Afinal, QUEM ELE PENSA QUE É? SÓ POR QUE TERIA CRIADO ESSE UNIVERSOZINHO, SENTE-SE NO DIREITO DE GOVERNAR O MUNDO? TERIA ELE DIREITO DE DAR PITACO ATÉ MESMO EM NOSSA VIDA SEXUAL? QUE ATREVIDO!!! SERÁ QUE ELE SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO??? Como esse falar, deriva sempre daquele livro antiquado chamado de Bíblia, basta lançar o livro em descrédito e a empáfia de Deus cessará.
Precisamos fazer a coisa direito, contudo. Não podemos, por exemplo, usar a “técnica” de Oscar Wilde que disse: “Nunca leio um livro que vou criticar, pois temo ser influenciado.” Precisamos, pois, de alguém que não apenas leia, mas, ponha em prática os preceitos, uma vez que o Livro ensina que a virtude não consiste apenas em palavras. Como se trata de um mal global e de promessas eternas, precisamos de uma experiência razoável, com certa consistência em face ao tempo; um ano, dois, talvez. Feito isso, e comprovado “in loco” que as promessas bíblicas não se cumprem, denunciaremos a plenos pulmões que se trata de estrondosa fraude; envergonharemos, pois, Deus e seus mensageiros. Imaginem que um deles, americano, chamado Mccandlish Philips ousou dizer o seguinte: “Você não põe o verdadeiro evangelho fora de combate com três ou quatro perguntas desajeitadas; antes, suas ilusões vão ruir, destacando mais claramente a verdade.” Aliás, parece que o próprio Jesus Cristo teria feito o desafio nos seguintes termos: “A minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou; se alguém quiser fazer a vontade Dele, pela mesma doutrina conhecerá se ela é de Deus, ou se falo de mim mesmo.” Evangelho de João.
Essa missão se revelou maior que minhas forças, contudo. É que pratiquei imperfeitamente os preceitos bíblicos e, mesmo assim, encontrei paz interior, segurança, esperança, salvação, domínio próprio, abandonei uma série de maus hábitos e, o mais grave: sou tomado por um desejo muito forte que outras pessoas recebam o que recebi; de modo que invisto meus dons, na esperança de convencer alguns, que vale a pena conhecer Deus.
Solicito, “urbe et orbe”, a ajuda de alguém que seja melhor do que eu, pois fracassei vergonhosamente, e não sirvo para o papel...
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Visitem Leo Santos
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PARTICIPE TAMBÉM!

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180 PESSOAS JÁ PARTICIPAM DO DUELOS!
BEM-VINDA, IVI MEDAU!
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COMPONHA UM TEXTO SOBRE QUALQUER TEMA LISTADO NAS CATEGORIAS
(OU PROPONHA OUTROS), DEIXE AQUI EM “COMENTÁRIOS”
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AGRADEÇO A TODOS VOCÊS QUE COLABORAM E NOS PRESTIGIAM!
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Duelando Manchetes XI: Homossexualidade - por Ivi Medau

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Não faz muito tempo, minha mãe e meu irmão me perguntaram porque eu tenho tantos amigos gays. Eu ri porque achei a pergunta sem pé nem cabeça. Como se fosse critério de escolha, detalhe a observar, modinha, esses barulhos.
Me diverti com o tom de “hum... tem coisa aí”, implícito na pergunta.
Respondi: “São amigos, meus amores!”
Tenho certeza que não ficaram satisfeitos com uma resposta tão simples.... hehehe.
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Duelando Manchetes XI: Homossexualidade (III) - por Alba Vieira

Ana:Depois de ler o seu post, pensei se escolheria Minerva, Ariel ou Omo para manter a LIMPEZA do Duelos.
Que dúvida atroz!
Minerva, a deusa virgem, é ligada à justiça, às artes, à sabedoria e à estratégia de guerra, e isso me leva a pensar em abstinência, julgamento e violência. Claro que não a escolho.
Ariel é um anjo relacionado à plenitude, à verdade, à coragem e à paz universal. Então é uma ótima pedida.
Entretanto, Omo aconselha: SE SUJAR FAZ BEM!
Portanto, é a minha escolha pra continuar nossa brincadeira que, na verdade, é muito séria.
Parabéns a você pelo post e a todos pela participação.
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Visitem Alba Vieira
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Duelando Manchetes XI: Homossexualidade (IV) - por Escrevinhadora

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Você como sempre, imbatível, absoluta, jogou a pá de cal na discussão. É por essas e outras que sou tua fã.
E parafraseando a Alba vou ficar com Omo, não só porque lava mais branco, mas também porque quero exercitar o direito de me sujar, de terra, de chocolate, de amor (e ser plenamente feliz).
Abração.
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Duelando Manchetes XI: Homossexualidade (II) - por Vera Celms

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Caro Leo,
Peço que me desculpe, mas achei que respondia ao texto do Varella e não diretamente a você. Não se julgue, neste caso, o umbigo do mundo.
Coloquei minhas ideias e opiniões. Tenho amigos que já foram vítimas das atrocidades da violência dessa onda homofóbica e não suporto essa distinção tomada por PECADO (que pra mim, não existe, sou contrária ao formato).
Nada contra você... exclua-se por favor do centro das discussões. Você, por acaso, foi o primeiro a comentar e por isso deve ter tomado pra si.
Desculpe mais uma vez...
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Visitem Vera Celms
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A Tragédia na Região Serrana do Rio de Janeiro - por Alba Vieira

O que dizer sobre o acontecido, quando as imagens falam por si mesmas? A única resposta é o silêncio. A dor e a noite silenciam as vozes que gostariam de gritar seu desespero diante de tão súbita e aterradora ocorrência.
Na verdade, foi um desastre anunciado há muito tempo, embora sua proporção tenha sido uma grande surpresa que ainda por cima ocorreu durante a madrugada.
Todos nós, moradores do Rio de Janeiro ou não, estamos muito abalados e o povo brasileiro tão solidário nessas catástrofes acorre imediatamente com ajuda e solidariedade.
Mas o tempo vai passar, as chuvas irão cessar, a terra vai secar, assim como o pranto, e tudo será reconstruído, não se sabe quando, até as vidas dos atingidos pela calamidade.
Tudo passará. Nada fica para sempre. Nem a felicidade nem a dor. Tudo é um ciclo que se repete e repete sempre. É a vida.
E algo tão grandioso, nos faz pensar que o momento presente precisa ser mais valorizado em toda a sua magnitude. Precisamos ficar mais atentos para o que fazemos a cada dia de nossas vidas, o quanto aproveitamos cada momento de paz, o quanto declaramos do amor que sentimos e o quanto ainda somos capazes de fazer sofrer por nossas bobagens, intransigências, orgulho e desrespeito cotidianos justamente àqueles que nos são mais próximos, para que não precisemos ser despertados em consciência por uma desgraça desta monta, capaz de nos fazer corrigir o passo na vida.
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Visitem Alba Vieira
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Por Compaixão ao Rio de Janeiro - por Vera Celms

A chuva castigava aquela terra.
Começara no meio da tarde,
E não parou mais,
Começo da madrugada,
Parte da população dormia,
Parte vigiava preocupada,
De tanto que a chuva castigava,
Lá pelas 3 da matina,
Não dormia João nem Cristina,
As janelas altas não deixavam impressão,
De repente um barulhão,
Vinha lá de fora com certeza,
Era som de coisa caindo,
Que não parava de cair,
E quando João abriu a porta,
Não havia mais nada lá fora,
Não havia jardim, não havia portão,
Não havia rua, nem pontilhão,
Não havia vizinho,
Nem comércio
Nem pra onde fugir,
Era só ruína que se avistava,
Tudo em torno submerso,
Carro, telhado, colchão,
Deu tempo de Cristina dar a mão a João,
E tentar, sob a chuva que não parava,
No meio da escuridão,
Seguir a trilha dos desesperados,
Os poucos que ali estavam
Eram todos fugitivos da desolação,
Da água que derrubava a encosta,
Em turbilhão,
Agora era um “Deus nos acuda”
Era um “salve-se quem e se puder”
Era um não ter mais nada,
Era um contínuo deixar pra trás,
Eram seres humanos, todos na mesma situação
E o País assistindo pela televisão,
Atordoado,
Com desejo profundo de ajudar,
De cada um tirar um de lá,
De oferecer distância segura,
Afinal, todos os assistentes
E os sobreviventes,
Todos em pura comoção,
Com um sentimento único, comum,
A fé...
Deus, por todo esse povo,
pedimos compaixão...
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(Chuvas de JANEIRO 2011)
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Visitem Vera Celms
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A Pecinha Não Entende a Mecânica da Vida - por Maelo

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A gasolina acabou. Mas não era a primeira traição do ponteiro. Entretanto, desta vez tive sorte. A quase dois quilômetros de um posto, o carro engasgou numa reta. Peguei a primeira à direita e desci. Sem acelerar. Lembrei o caminho mais próximo para abastecer e segui no embalo. Rezando. Fiz apenas uma manobra arriscada para cruzar uma avenida e embalado entrei no posto. Parei longe da bomba e o frentista estranhou. Depois entendeu e voltou a sorrir. Abasteci e saí louvando a sorte.
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A primeira vez foi cruel. Perdi a noite e uma onça com o guincho. Problema na bomba de gasolina, na injeção, na puta que pariu. Ouvi de tudo antes de dormir descrente. Detalhe: Eu cheguei a imaginar que era falta de gasolina. Achei uma garrafinha de água, comprei meio litro e joguei no tanque. Mas nada. O carro estava numa subida e o destino não quis mudar o jogo.

Agora dirijo pensando em tudo. Um exemplo, ilustre leitor, para encerrar a nossa conversa. Parar em todos os sinais vermelhos é até compreensível. Sinal de que a sua dose de ousadia esta moderada. Beleza. Mas e quando o farol abre e você é sempre o segundo a sair? Alguma coisa está errada com o seu motor pessoal. Não está?
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Nunca se Dispersem! - por Davi Rodrigues

Verdades são palavras difíceis, às vezes, de se ouvir com frequência. Quanto mais agi-las...
Não falo sobre aquelas verdades cotidianas às quais diariamente nos embebedecem docilmente entre um encontro e outro pelas ruas, escritórios e retorno a seus lares após o dia todo. Há um comovente bailar de frases ouvidas em situações passadas, pelos anos que se passaram, por conveniência ou por ausência do que se dizer. Penso e, resignado, não me permito mais calar-me ou ficar alheio a tal falta de se discutir a respeito.
Por qual razão ou comodidade, é sempre mais fácil se auto-anular em função de um viver mais tranquilo e tão momentaneamente pacífico, quando em nosso interior sempre fica o receio de não se ter pronunciado a palavra corretamente ou questionar se deveríamos ter sido mais sinceros?
Porquanto, ao sermos ouvidos, temos a plena certeza de nos preocuparmos com nossos interlocutores, a ponto de os conhecer suficientemente e saber como interpretam o que dizemos?
Questões fatídicas ou simples abandono da reflexão? Falta de tempo ou uma imensa aversão a ter que se pensar? Não seria essa a melhor hora para se pensar nisso, já que sobrou esse ‘tempinho’ para ler esse humilde artigo?
O que nos comove nem sempre é que nos cura. Torna-se apenas um breve paliativo.
Já parou e pensou no que estamos nos transformando? Seremos direcionados apenas pelos torpes motivos crônicos que incendeiam a sociedade moderna? Do: ‘quem tem posses tem pose, quem não tem é desdenhado’?
Apartei-me durante um bom tempo de tudo que me é imprescindível. Você também?
Sejam bem-vindos!!!
Divulguem, discutam entre si, me xinguem!
Mas façam um favor, não se deixem passar desapercebidos.
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Por Mim Mesmo
Não deixem de visualizar!!! Comentem e divulguem!!!!
Ajudem seu amigo a ser criticado!!!!
Muito disso necessito!!!
É só reenviar!!!

Grato, meus amigos!!!
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Oração a São Mateus - por Izabel Sadalla Grispino

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Izabel Sadalla Grispino, religiosa como foi, também dedicou parte das suas poesias aos temas sagrados. Abaixo segue um trecho da bela oração a São Matheus:
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“Santo, afaste de mim a inveja, a maldade,
Livrai-me do mau espírito, da calúnia,
De quem, no ódio, persegue, distorce a verdade,
E não comunga fé na Santa Eucaristia....”
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Aprecie o resto desta bela poesia em um vídeo de 86 segundos: Oração a São Mateus.
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(Sem Título) - por Poty

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Vai atrás do compasso,
Desfaço
No mesmo passo
Descompasso
Sigo disfarçado
Trago comigo o traço
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Visitem Poty..............................
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O Fio da Meada - por Tércio Sthal

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Ser generoso e buscar excelência,................................................
Mesmo sem ser reconhecido por seus atos.................................................
Há quem prefira fazer grandes promessas,................................................
Ser chamado de nobre e de excelência,................................................
Sem trilhar bom caminho, nem ser generoso.................................................
(Tércio Sthal)................................................
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O FIO DA MEADA

Não se deve tolerar o desrespeito à vida,
à integridade e à liberdade de expressão,
nem viver uma vida oculta, em omissão.

Para garantir a vida social com direitos
cada um deve cumprir bem o seu dever,
ser livre e corajoso para se estabelecer.

Não basta todo dia trabalhar, de sol a sol,
acreditar em tudo, em todos, e tudo bem,
ou não acreditar em nada e em ninguém.

Mesmo que a vida segura esteja por um fio
e todo mundo queira transformá-lo em nada,
importante será nunca perder o fio da meada.

E a quem me perguntar a que raça pertenço,
digo sou da raça humana, embora não pareça.
membro, corpo e alma, e, por extensão, cabeça.
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...................................Visitem Tércio Sthal
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