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domingo, 28 de outubro de 2012

Prática Médica e Espiritualidade? - Enviado por Aaron Caronte Badiz

 


Após a leitura dos textos postados aqui no Duelos Literários por Alba Vieira e eros.ramirez, senti vontade de dividir com todos vocês um artigo que li há algum tempo, que me chamou muito a atenção e do qual gostei muito.
 

“Nas últimas duas décadas, pesquisas científicas rigorosas sobre as relações entre Religiosidade/Espiritualidade e saúde têm sido realizadas e publicadas nas literaturas médica e psicológica. A espiritualidade permanece importante para a vida da maioria absoluta da população mundial e tem-se mostrado que o envolvimento religioso é geralmente relacionado com melhores indicadores de saúde mental e bem-estar.
A ampla maioria dos estudos de boa qualidade, realizados até o momento, aponta que maiores níveis de envolvimento religioso estão associados positivamente a indicadores de bem-estar psicológico, como satisfação com a vida, felicidade, afeto positivo e moral elevado, melhor saúde física e mental. O nível de envolvimento religioso tende a estar inversamente relacionado à depressão, a pensamentos e comportamentos suicidas, ao uso e abuso de álcool e outras drogas. Habitualmente, o impacto positivo do envolvimento religioso na saúde mental é mais intenso entre pessoas sob estresse ou em situações de fragilidade, como idosos, pessoas com deficiências e doenças clínicas. Por outro lado, a Religiosidade/Espiritualidade também pode se associar com piores indicadores de saúde quando há ênfase na punição e na culpa, conflitos religiosos, intolerância ou atitudes passivas diante de problemas.
Infelizmente, o foco das pesquisas em saúde não é, na realidade, sobre a saúde, mas sobre as doenças, sua patogênese e os modos de preveni-las, curá-las ou aliviá-las. Contudo, nos últimos anos tem havido uma tendência crescente de focar aspectos relacionados ao bem-estar, à felicidade e à qualidade de vida.
Dependendo de certos fatores, as pessoas podem não apenas ser capazes de lidar bem com um evento traumático, como violência ou doença grave, mas podem até mesmo vivenciar mudanças positivas em si mesmas, o que tem sido chamado de “crescimento pós-traumático”. Algumas dessas mudanças positivas podem envolver conceitos sobre si mesmo (sentindo-se mais forte e capaz), relacionamentos interpessoais (capaz de amar mais as pessoas de modo mais compassivo) e filosofia de vida (revisar as prioridades na vida e vê-la como algo precioso). Fatores religiosos como coping* religioso positivo e maiores níveis de envolvimento e participação religiosa se associaram com crescimento pós-traumático.
Assim, o crescente reconhecimento de que a Religiosidade/Espiritualidade se mantém como uma dimensão importante da vida das pessoas em todo o mundo, bem como a constatação de que as práticas e as crenças religiosas dos pacientes influenciam o cuidado e a evolução dos problemas de saúde, tem levado a um esforço internacional de integrar a Religiosidade/Espiritualidade na prática médica. A maioria das faculdades de medicina dos Estados Unidos e algumas do Brasil já oferecem algum tipo de treinamento na área. Várias organizações de saúde mundialmente relevantes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Joint Commission on Accreditation of Health Care Organizations, o American College of Physicians (Estados Unidos) e o Royal College of Psychiatrists (Reino Unido), têm enfatizado a importância de abordar questões de Religiosidade/Espiritualidade na prática clínica.
Deve-se chamar a atenção da comunidade médica brasileira para a importância da Religiosidade/Espiritualidade em nossa prática clínica diária, buscando auxiliar no cumprimento de nossa missão de minorar o sofrimento e contribuir para uma vida mais plena de todos aqueles que nos dão a honra e a responsabilidade de confiarem sua vida aos nossos cuidados.”
 

Escrito pelo Dr. Alexander Moreira de Almeida, in “Espiritualidade & Saúde Mental: O desafio de reconhecer e integrar a espiritualidade no cuidado com nossos pacientes.”.

 
__________________________________
*Coping religioso-espiritual (CRE): descreve o modo como os indivíduos utilizam sua fé para lidar com o estresse.


 

O Sino da Madrugada - por Daisy

 
 


Eu acordei no meio da madrugada. Deveria ser algo por volta de duas horas. O sino de brinquedo do filho do vizinho havia disparado (de novo), e aquele som estridente e inconveniente me deixava verdadeiramente irritado. Até então decidira não dar vazão à minha curiosidade nata herdada dos meus antepassados, afinal, sempre fomos curiosos. Revirei-me na cama, mas voltar a dormir nesta madrugada, eu senti que não seria possível. Mesmo achando incomum aquele maldito sininho, ainda assim, reunindo coragem, resolvi averiguar tal mistério.

Levantei-me, bocejando. Olhei para ela que dormia profundamente ao meu lado. Como era linda! Imaginei se fosse algo sobrenatural na casa do vizinho. Um zumbi, um espectro. Essas coisas existiam, disso eu tinha certeza. Entretanto, nem todos podiam ver. A mãe dela costumava dizer que apenas os médiuns possuíam a capacidade de ver tais fenômenos. Na rua mesmo onde moramos, há um senhor que mora só. Dizem que é bruxo, e que fala com espíritos, que se comunica à noite, e que para tal, acende velas e coloca umas coisas como pequenas caveiras e pedras sobre uma mesa coberta por pano vermelho. O sino voltou a tocar ao lado. Resoluto, saltei da cama e, sem fazer barulho para não acordá-la, deslizei pelos cômodos escuros até chegar à janela da sala. Decidi que indo pelo beiral eu poderia chegar até ao quarto do menino sem ser visto. Talvez, dessa forma, eu o observasse impune. Se fosse fantasma, pensei na época, ele não me veria. Sentia-me um verdadeiro espião das trevas.

Com passos lentos e precisos me arrastei sem olhar para baixo. Moramos no décimo andar de um prédio antigo e meu Deus!… Fora por pouco! Uma parte do concreto cedeu. Não fosse a grade de ferro, eu estaria morto agora. Prossegui devagar, com a respiração controlada. Atento a todos os ruídos e movimentos. Meu coração batia mais rápido. Lembro que olhei para baixo e quase tive vertigem.

O som do sino estava mais perto. As cortinas do quarto do menino brincavam, esvoaçando-se como almas transparentes. Pareciam dançar para mim, tentando me fascinar, me hipnotizar. Um som inesperado me fez paralisar o próximo passo. Olhei para a amendoeira. Lá estava ele, aquele pássaro negro desgraçado que eu já tentara caçar, dar um fim nele, mas era esperto, o demônio. Assim que me viu, deu uma risada e voou para a árvore do outro lado da rua. Pensei que em outra oportunidade eu o mataria, sim, eu o mataria de uma vez por todas. Então cheguei bem perto da janela. Bastaria esticar o pescoço e ver, finalmente, esse zumbi ou fosse o que fosse que vinha me tirando o sono por tantas madrugadas. Respirei fundo e pensei nela de novo. E se eu morresse? Se ele me matasse, como ela viveria sem mim? Somos apenas nós dois. Amamo-nos profundamente. Foi quando o pássaro negro soltou um guincho, me avisando do perigo. Mas era tarde demais!
 
O garoto estranho me agarrou pelo pescoço. Não pude reagir, pois ele era muito forte. Se eu me debatesse poderia cair e morrer pelas mãos de um menino louco. Dizem que os endemoniados têm forças sobressalentes, então me deixei arrastar para dentro de seu quarto, olhando-o em seus olhos vermelhos de insônia. Jogou-me em sua cama desarrumada e fechou a janela, com um sorriso macabro. Pegou o sino de ferro e veio em minha direção. Pensei nela e me arrepiei todo. Não conseguia me mover, até que… O garoto, soltando o  brinquedo e abraçando-me, murmurou “que bom que você veio me fazer companhia, gatinho...”

 
Visitem Daisy
 

Espalhando Alegria... - por Adir Vieira

 
Hoje estou certa de que para proporcionar felicidade é preciso ser feliz.
E quanto bem faz a nós mesmos.
Ontem, vivi um momento assim. Momento de ver olhinhos brilhando, poderosos e realizados.
Já há algum tempo curtindo as férias em minha casa, minha sobrinha tinha um desejo latente de dividir um desses dias na piscina com sua amiga favorita.
Confesso que eu não deveria permitir, pois meu marido, ainda em recuperação, exige todos os meus cuidados. Mas como resistir àquele pedido sincero naquela voz que é só dela?
Apreensiva, por além de tudo ter outra criança sob a minha atenção, aquiesci e foi muito bom.
A vida, até nessas situações, ensina a quem é observador e quer aprender. Impressionante como as crianças arquitetam seus programas de diversão com muita sabedoria. Vendo o dia correr, parecia que ambas tinham planejado cada segundo, pois sem que eu me envolvesse, sabiam tudo o que tinham a fazer e aproveitavam cada segundo como ninguém.
Minha sobrinha, sem que lhe ensinássemos e tão pequena ainda, parecia uma anfitriã escolada, querendo fazer com que a amiga se sentisse a única. Não convocou mais ninguém para as brincadeiras e realmente curtiu o dia.
Crianças que são, vez por outra tive que chamar a atenção para que, um pouco distantes de mim, ficassem sob minha vigilância. E foi assim que durante cerca de doze horas, dividiram aquela amizade que dá sinais de ser para sempre.
Enfim, no início da noite, quando os pais da amiguinha vieram buscá-la, insaciáveis como toda criança, trocaram os olhinhos felizes por olhinhos desapontados.
Eu, daqui, cumpri minha parte, vendo minha casa envolta por uma energia de prazer.
 
Visitem Adir Vieira

 

Luis Fernando Veríssimo e o “BBB” - Enviado por Anônimo


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço... A décima terceira (está indo longe!) edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência.
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB 11 é a pura e suprema banalização do sexo. Impossível assistir, ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros... todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterosexuais. O BBB 11 é a realidade em busca do IBOPE...
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB 11. Ele prometeu um “zoológico humano divertido”. Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas.
Se entendi corretamente as apresentações, são 15 os “animais” do “zoológico”: o judeu tarado, o gay afeminado, a dentista gostosa, o negro com suingue, a nerd tímida, a gostosa com bundão, a “não sou piranha mas não sou santa”, o modelo Mr. Maringá, a lésbica convicta, a DJ intelectual, o carioca marrento, o maquiador drag-queen e a PM que gosta de apanhar (essa é para acabar!!!).
Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível.
Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo.
Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade.
Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis?
São esses nossos exemplos de heróis?
Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores), carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor, quase sempre mal remunerados...
Heróis são milhares de brasileiros que sequer têm um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir e conseguem sobreviver a isso, todo santo dia.
Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna.
Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, ONG’s, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína, Zilda Arns).
Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo.
O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral.

E aí vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a “entender o comportamento humano”. Ah, tenha dó!!!
Veja o que está por de tra$$$$$$$$$$$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reais. Eu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão.
Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderiam ser feitas mais de 520 casas populares ou serem comprados mais de 5.000 computadores!)
Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores.
Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa... ir ao cinema... estudar.... ouvir boa música... cuidar das flores e jardins... telefonar para um amigo... visitar os avós... pescar... brincar com as crianças... namorar... ou simplesmente dormir.

Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construída nossa sociedade.
 

 

Um Livro Chamado ZOOM - por Davi Rodrigues

 
 
 



























Os  Seres humanos são criaturas tão pequenas, não?
Então não se  preocupe tanto com todas as coisas,
aproveite cada momento, faça  tudo o que você deseja fazer...
Amplie sua vista, amplie sua  mente,
Não se preocupe tanto com coisas que te aborrecem,  
Aproveite sua vida com amor, segurança e paz,
Esteja sempre  feliz com cada dia que nasce...
Aproveite o por do Sol...  
Sempre olhe para o lado positivo das  coisas...
E tenha a certeza, que  sempre existe o lado positivo,
mesmo que tudo pareça tão ruim.
E  mesmo que tudo pareça tão grande, conforme a representação do  pintor, tudo é tão pequeno. Existe algo maior.  
A VIDA!!!
 

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Algoz - por Ana

 


Tirem-no da minha frente!
Poupem-me desta visão!
De suas palavras duras,
Da arrogância, depressão,
Das culpas, das penitências,
Da tristeza, da traição.

 
Impossível este convívio,
Que a ninguém eu aconselho.
Apenas imploro, em dor,
Impotente, de joelhos:
Que levem embora daqui,
Para sempre, este espelho!
 
 
Inspirado no título e na figura do post “Algoz”, de Poty.
 

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Arapuca - por Alba Vieira



Recebi um telefonema, em plena segunda-feira, logo cedo, e fiquei estarrecida quando, depois de desligar, pensei sobre o ocorrido.
A conversa foi curta, como todas as outras ligações de telemarketing que recebo diariamente, se fico em casa, e que procuro responder com educação, brevidade e paciência (ainda me resta um pouco). Tratava-se de uma funcionária do Bradesco que, depois de dizer que queria falar comigo, dizendo meu nome completo, me informou que eu tinha direito a um crédito X no banco e, antes que ela continuasse, eu lhe disse que não era correntista do Bradesco, ao que ela respondeu que como eu era funcionária pública, tinham uma planilha com a minha margem de consignação (como têm de todos os funcionários públicos). Então falei que não estava interessada em empréstimos, nem em me tornar correntista do Bradesco. Sabem qual foi sua fala de volta? "A senhora gostaria de anotar meu número, caso precise em outra ocasião?" Respondi que não, agradeci e desliguei.
Aí é que caiu a ficha e identifiquei a arapuca que deve ser engendrada com a assessoria de profissionais peritos em propaganda e marketing, portanto bastante afinados com os pontos fracos humanos, reconhecendo os momentos propícios para darem o bote. E não me chamem de paranóica nem de teórica da conspiração. Mas identifiquei prontamente o planinho.
É que sou recém-aposentada de uma das matrículas e, assim, me consideram já na categoria dos aposentados. E afinal, somos pássaros, de agora em diante livres, ganhando bem menos do que quando na ativa, talvez com uma crise de ego que bem poderá ser resolvida com um consumismo exagerado, até porque ficamos assanhados por ter mais tempo livre. Ou estamos mesmo na pior, por conta de já ganharmos pouco e agora, menos ainda e sermos então presas fáceis para um empréstimo que vai aliviar a situação, temporariamente, e depois, nos encalacrar de vez. Enfim, investir nesse segmento é bom negócio, certamente.
Fico imaginando quantas pessoas não caem nessa esparrela! Ih! Tô aposentada mesmo!
É ou não uma arapuca? Devia ser proibido entrarem assim na nossa casa. E ainda rogam praga pra gente precisar pedir dinheiro emprestado num futuro próximo! Será que tô paranóica mesmo?

domingo, 21 de outubro de 2012

Somos Todos Personagens? - Meu Novo Blog - por Cacá



Amigos, criei um blog só para os meus personagens. Estavam perdidos por aí e resolvi chamar todo mundo pra casa. Cada semana um deles tem alguma coisa a dizer. Por enquanto são o ARCANJO, um filósofo amador totalmente politicamente incorreto,a GLEICINEIDE, a diarista motogirl e o IÓRRAN SEBASTIÃO BASTOS, um quase músico que perdeu a parada (musical) por puro acanhamento. Um outro está em gestação, mas esse ainda é surpresa. Um colosso de personagem.

Aguardo vocês lá para uma visitinha. Obrigado a todos e o meu abraço. Paz e bem.

AQUI: http://somostodospersonagens.blogspot.com.br/



sábado, 20 de outubro de 2012

Se Fosse Mais Simples, Seria Melhor... Ou, Pelo Menos, Seria. - por Alba Vieira

 

Recentemente, assisti, no programa Ana Maria Braga, a uma reportagem sobre uma advogada que abriu uma ONG para cuidar de 290 cachorros que recolheu pelas ruas durante alguns anos, em Saquarema, Rio de Janeiro.
O que vi me fez pensar e lamentei, profundamente, que pessoas interessadas em ajudar a cuidar de crianças que andam pelas ruas e se expõem a virar mais vítimas na estatística dos viciados em drogas, não tivessem mais facilidade, como acontece em relação à adoção de animais.
Não que seja fácil cuidar de 290 cães ou que a advogada que fez isso não tenha esbarrado em inúmeras dificuldades ao longo do caminho. Mas, quando se trata de gente, em especial crianças, a burocracia, as exigências, os obstáculos, retiram toda a paciência e minam toda a energia de quem só quer ajudar, tornando um projeto de vida quase sempre inviável.
Por que se espera sempre o pior do ser humano? Não que o homem não seja capaz de qualquer coisa, que por vezes nem ele mesmo imagina, mas ao cercar de tantos cuidados o processo de pegar alguém pra tomar conta e oferecer amor, vendo possíveis monstros sanguinários, abusadores, sádicos, pervertidos e degredados em todos que se propõem à adoção ou a administrar uma ONG para cuidar de pessoas sem lar, certamente evitamos o que poderia ser legitimar o perigo de oferecer a eles algo pior e então, os deixamos na pior, no lugar onde já se encontram desabrigados, maltratados, abusados, sujeitos às drogas e à morte. Antigamente, era bem mais fácil manifestar o amor ao próximo!
Mas, o que mais me impressionou na reportagem foi o tratamento dado aos cachorros pela amorosa advogada e seus apenas 4 funcionários que manifestam o amor e o respeito pelos animais; conhecendo, a responsável pela ONG, cada um deles pelo nome, dando o amor de dona a cada um em especial e todos passeando pelas ruas de Saquarema com todos eles soltos, correndo, acompanhados pela advogada em sua bicicleta e pelos funcionários em motos, todos como numa brincadeira, com grande alegria e entusiasmo, acompanhados de perto pela população de Saquarema que já se acostumou e apóia o projeto. Tudo isso, sem perigo, sem violência, sem complicação.
Brincadeira! Isso é que é coisa séria!

 

De "Bruxo" e "Louco" Todo Médico Tem um Pouco - por Alba Vieira

 

Caro Eros, obrigada pelo seu comentário com texto tão abrangente e oportuno ao momento.
Gostaria de continuar trocando ideias com você a esse respeito e estendendo a discussão a demais leitores e autores do Duelos que estejam interessados no tema.
Penso que o importante não é concordar ou discordar dos pontos de vista aqui apresentados e sim colaborarmos para que se entenda que a ideia é a complementariedade, pois do contrário, continuaremos vendo de um lado os médicos "cientistas" e do outro os "lunáticos". E quem estará impedido de se beneficiar será o paciente.Isso precisa acabar.
Por exemplo: se o paciente precisar de uma cirurgia, por que não poderá complementar com Reiki e usar remédios homeopáticos no pós-operatório? Ou, se está em terapia analítica, ser tratado conjuntamente por um homeopata para aflorar mais facilmente os conteúdos do inconsciente? Ou tratar uma doença crônica com um reumatologista e associar acupuntura, terapia corporal e tomar essências florais, para reduzir os remédios alopáticos e seus efeitos colaterais? E o que impede de consultarmos bons radiestesistas para fazer diagnósticos com custos bem menores do que solicitando apenas exames radiológicos sofisticados?
Da mesma forma, é fundamental não confundirmos responsabilidade com culpa. Não se trata de culpa, não estou acusando os médicos e sim preocupada com a saúde deles também ("saco vazio não fica de pé") e, principalmente, com o fato de na sua prática, acabarem não podendo expressar o quanto poderiam, de um jeito simples, o que têm de sobra: amor, tão reprimidos estão em relação ao que se espera deles do ponto de vista técnico. Sendo a Medicina uma profissão de base idealista, todo médico possui a capacidade de expressar amor e compaixão de maneira simples e direta, onde quer que esteja trabalhando, em hospitais ou consultórios. É isso que o motiva a continuar enfrentando todas as dificuldades que a prática da profissão requer, assim como o equilíbrio, auto-controle, discernimento e desapego do ego, sendo capaz de entender melhor as atitudes dos pacientes, mesmo que aparentem ser desconsideração, falta de responsabilidade ou desrespeito às orientações que lhes dá com tanta esperança e boa vontade.
É lógico que nós médicos somos cidadãos como outros quaisquer, no que se refere às necessidades básicas, compromissos e responsabilidades sociais. As nossas reivindicações e lutas por melhores condições de trabalho e honorários mais dignos é lícita e justa.
Entretanto, quando exerce a sua função, no exato momento da relação médico-paciente, se despe de tudo isso e é somente aquele que está ali para ajudar e fazer com que o paciente saia melhor do que entrou, fique melhor do que está, no nível físico, emocional, mental e/ou espiritual. Não é possível trabalhar desta forma, se não se cuida (ou não pode se cuidar), não se equilibra (haja corda bamba!).
O médico vale muito. Seu movimento de classe é justo como o de outras categorias: professores, bombeiros, policiais, empregadas domésticas etc. Acho que toda profissão é importante e necessária no contexto geral e todas elas têm a sua responsabilidade, isso não é exclusividade da classe médica. Veja o estrago que pode fazer o mau chef, a má cabeleireira, o mau policial, o mau jornalista, a má doméstica, o mau cirurgião, a má babá, o mau dentista, a má manicure, o mau gari.
Realmente, a sociedade sempre esperou muito do médico, por ser uma profissão idealista e nós, médicos, temos que corresponder, porque, na verdade, somos nós mesmos que mais nos cobramos (e muito gastamos nas necessárias e frequentes atualizações e reciclagens). Entretanto, podemos trabalhar cada vez melhor e mais felizes se relaxarmos mais ao encontrar cada adversidade da prática. Afinal, penso que ninguém trabalha "sozinho" e quanto mais estivermos conectados com a nossa supraconsciência (nossos mestres), mais fácil e mais simples será.
Além do mais, meu caro Eros, depois de 31 anos de prática da Medicina, só trabalhando em consultório e em dois grandes hospitais públicos, onde o perfil é o do médico "cientista" na esmagadora maioria dos casos, lamento que especialidades tão importantes como Homeopatia, Acupuntura, Hipnoterapia, Cromoterapia, Terapia Floral, Reiki, Radiestesia e tantas outras ainda sejam usadas só numa minoria, de forma pontual e tímida, quando é imprescindível, nos dias atuais, uma medicina de complementariedade para tratar o doente em todos os níveis. Isto não é oferecer milagres, não é fatiar ninguém, muito pelo contrário, e a estrada do autoconhecimento não deve ser, necessariamente, serpiginosa.
Penso que os profissionais que exercem a medicina com arte sempre têm uma pitada de "bruxos" e "loucos".
Parabéns a todos os médicos! Vocês merecem!

 
Em resposta ao texto "O tratamento que o médico precisa", de eros.ramirez.
 

 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

O Tratamento que o Médico Precisa - por eros.ramirez

Cara Alba,

É muito simplista dizer que a condição da saúde em que  nos encontramos é culpa dos profissionais de saúde. Ela é, em minha opinião, tão complexa quanto o ser humano que você pinta tão bem com sua aquarela de letras, uma vez que é produto dele. Ela resulta de um intrincado sistema de relações que em sua base tem a educação (formal ou não) e os próprios pesos e valores que utilizamos para conduzir nossa vida.

Vou explorar apenas dois pontos para esclarecer o que disse. Primeiramente, quantas vezes assistimos pessoas peregrinando por uma via sacra de profissionais em busca de uma pílula da felicidade, do emagrecimento, da analgesia, por ouvirem destes que a cefaleia ou insônia podem advir dos conflitos familiares/laborais/existenciais. Ou que para emagrecer é preciso manter atividade física regular e observar a alimentação, assim como fazemos com nossos gastos e receitas onde a quantidade que entra tem que se ajustar a que sai para a conta fechar. O que se observa, na verdade, é a constante procura pelo atalho, ao invés da estrada serpenginosa (sedimentada mas difícil) do autoconhecimento em análise ou de privações alimentares. Afinal "aquele médico é muito bom, pediu todos os exames" ou "não volto mais nele porque ele nunca me passa uma receita" são frases muito comuns.

Um segundo ponto é o seguinte: a população terá o atendimento de saúde que merecer (assim como tem os governantes que merece). Atualmente vivenciamos um movimento da classe médica por menor interferência dos planos de saúde nas condutas médicas e melhorias nos honorários. Atentando apenas a questão dos honorários, o que se propõe é um reajuste do valor da consulta dos atuais R$60,00 em média  para R$80,00. Em BH uma faxina não sai por menos do que isso. Quanto custa atualmente uma tarde em um salão de beleza? Um almoço em uma boa churrascaria? Qual a será a relevância de tais serviços frente a importância de uma avaliação médica? Qual responsabilidade do cabelereiro ou do chef? Quanto tempo, esforço, e dinheiro eles gastaram (e gastam, será que gastam? Continuam eles a se especializar e reciclar após o curso inicial?) para sua formação? Entretanto grande parte da população paga por tais serviços sem pestanejar enquanto acha caro pagar o mesmo valor para uma consulta com um profissional altamente especializado que o orientará sobre sua saúde - que o possibilitará sair para comer o churrasco ou ir ao salão para depois dançar na festa. Reclama quando retorna após o período de retorno e terá de pagar nova taxa. Não segue as orientações, não toma as medicações corretamente e espera uma mudança no panorama de sua saúde (Obs não relacionada diretamente ao assunto do texto: frequentei uma escola de medicina, não Hogwarts ou um processo de beatificação, e lá me ensinaram a orientar e prescrever tratamentos, não mágica e milagres).

A sociedade atual é muito cruel com o médico. Espera dele o conhecimento pleno de todas as condições de saúde e ao mesmo tempo que seja um superespecialista. Quer atendimento rápido e ágil, completo em seu aspecto biopsicossocial, mas pela tarifa do plano. Que ele trabalhe por amor pois "a medicina é um sacerdócio", embora tenha suas contas vencendo e não possa pagar o pão com beijos no padeiro. Enquanto mantivermos esse comportamento com o médico teremos a saúde assim como ela está.

Tenha um médico - e não vários que a fatiarão. Escute com atenção o que ele diz, pois na esmagadora maioria das vezes ele de fato quer o melhor para você - por se importar com você ou com sua própria fama.

Trate-o bem

Valorize-o.

Um abraço aos médicos do país.
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Hermógenes - Citado por Alba Vieira

Esta lista negra dos males que fizeste de nada te serve.
Organiza, isto sim, e agora, uma outra - a lista dos benefícios que deves fazer.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

O Médico Precisa Ser Tratado. Com Urgência! - por Alba Vieira

 



A saúde deveria ser encarada dentro do novo paradigma, deixando de lado a concepção puramente cartesiana e criando condições de atender os pacientes dentro de uma visão holística.
É imperativo adequar-se à realidade já tão propagada pela Física Quântica, sendo um contrassenso abordar o paciente somente na dimensão física, levando em consideração os aspectos emocionais, mentais e por vezes espirituais, porém entendendo que o que se situa além do físico é da competência de profissionais especializados e/ou de espiritualistas, quando na verdade, cabe ao clínico geral e a qualquer profissional de saúde a visão do homem na sua totalidade e, consequentemente, tratá-lo em todos os seus níveis.
De que vale todo o avanço tecnológico no sentido de diagnósticos mais precoces e tratamentos mais eficazes no nível material, se não se complementa o tratamento, muitas vezes irretocável na forma, com a atuação sobre a causa original com estímulo da mudança de padrões mentais fortemente relacionados à criação de patologias em vários sistemas e adoção de medidas preventivas para evitar recrudescimento das doenças tão brilhantemente tratadas?  Quanto desperdício!
É desanimador constatar que o estado em que se encontra a medicina hoje é da responsabilidade dos próprios profissionais de saúde, muitas vezes intocáveis, rígidos e pouco curiosos no que se refere a ampliar suas consciências e incorporar novos conhecimentos, evoluindo para mudança de paradigma.
O profissional de saúde precisa de tratamento urgente. É necessário que se auto-avalie, aceite as suas limitações e possa estar aberto para se expandir e proporcionar aos pacientes o que eles têm direito e merecem. Só assim poderá trabalhar mais livre, com mais entusiasmo, mais competência, mais alegria, podendo voltar a se expressar como os profissionais de outrora que nos tempos antigos lançavam mão de sua sensibilidade e sua arte, usando muitas vezes sua pessoa como fator de cura, embora em decorrência da falta de recursos tecnológicos, de diagnóstico e tratamento. Por que não aliar todo o progresso e todas as facilidades conquistadas às técnicas complementares que trabalham sobre os corpos sutis? Assim, haverá uma possibilidade de cura mais efetiva, realizada pelo próprio paciente, mas geralmente não podendo prescindir da ação do médico que precisa guiá-lo na integração do quadro clínico.
 
 

Esqueço do Quanto me Ensinaram, de Alberto Caeiro - Citado por Ana


Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.
.Fernando Pessoa

Vídeo-poema e despedidas - por InEx TrEe FaLLs




Agradeço, aos responsáveis do blog,  pela oportunidade de divulgar um pouco do que me acalma... a escrita (que exerce tal poder na minha vida). 

No momento estou impossibilitada de acessar a internet. Assim que as coisas se normalizarem retorno para  ler novas postagens dos queridos autores do blog Duelos Literários e prosseguir em busca de novas palavras pacíficas... (d)escrevendo guerras e buscando estratégias de combate e trégua, tudo em nome da paz.

Para finalizar, um vídeo poema de minha autoria. Produzido por Taciana Oliveira que me presenteou com tal surpresa. O poema tem muito haver com o momento, compartilho o mesmo com vocês em nome do tempo (de esquecer o tempo... e o dia 18 do meu aniversário também rsrs).

Felicidades!


segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia do Mestre - por Alba Vieira




Parabéns a todos os professores!
 
Merecem os que abraçaram a profissão e todos nós, se aproveitamos as oportunidades que a vida nos dá de abrir as janelas da mente dos outros, enquanto alargamos a própria consciência.

 

domingo, 14 de outubro de 2012

Coração Racional? Razão Emocional? - por Daisy


No início, não notei. Depois, percebi que me olhava sempre e sempre intensamente! Aquele olhar intenso provocou algo em mim. Não soube decifrar logo... Aos poucos, fui correspondendo aquele olhar com igual intensidade. Quando estávamos perto um do outro, a conversa fluía natural e continuamente.
Engraçado... Nunca passou disso... Olhar e olhar intensamente... Conversar e conversar continuamente... Mas aqueles olhares eram tudo de bom... Durante mais de uma semana, olhamo-nos sempre e sempre intensamente!
Na minha racionalidade, sabia que aquilo teria um fim, mais cedo ou mais tarde. Emocionalmente, não queria que isso acontecesse, embora não soubesse ainda como lidar com essa emoção. Há tanto tempo que não sentia nada igual! Há tanto tempo que estava acostumada à minha inatividade emocional.
Mas como foi bom sentir-me olhada, percebida, viva! Foi muito bom enquanto durou... Vamos ver o que a vida vai nos reservar... Se é que vai mesmo nos reservar alguma coisa...
De repente, não mais que de repente, o coração envia mensagens criptografadas e condensadas que vão se revelando, pouco a pouco, claras e cristalinas.
A troca de olhares provoca uma corrente elétrica que vai adentrando o ser, e deixa uma sensação de satisfação e saciedade. O que é isso? O que significa? De onde vem? Veio para ficar? É passageiro?
O coração não quer entender; só quer sentir.
A razão não quer sentir; só quer entender.
Porém, como entender um sentimento? Para quê? Necessidade de compreensão não há. O que se sente é só para sentir, não para entender...
Coração e razão estão dialogando... É um diálogo difícil, pois cada um acha que está certo. Onde vão chegar? Se é que vão chegar...


Texto classificado em primeiro lugar no concurso “Falando de amor II”
 

Visitem Daisy
 
 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

"Cada Um", de Ricardo Reis - Citado por Ana


Cada um cumpre o destino que lhe cumpre,
E deseja o destino que deseja;
Nem cumpre o que deseja,
Nem deseja o que cumpre.

Como as pedras na orla dos canteiros
O Fado nos dispõe, e ali ficamos;
Que a Sorte nos fez postos
Onde houvemos de sê-lo.

Não tenhamos melhor conhecimento
Do que nos coube que de que nos coube.
Cumpramos o que somos.
Nada mais nos é dado.

.Fernando Pessoa

O Rato - por Alba Vieira


 
O rato roeu meus ossos com tal harmonia
E ficaram tão porosos que a leveza levou a agonia
De sempre ter firmeza, mesmo em noites bravias.
Hoje balanço feliz! Dou graças ao rato: a sabedoria.


domingo, 7 de outubro de 2012

NumeraLinguagem - por InEx TrEe FaLLs

Poema baseado nas ideias de quem me inspirou: professor Roberto

Resposta - (Anônimo)


Desculpe amiga, mas não funciona assim. Na verdade, embora a Terra esteja sob regência humana eventualmente, não pertence ao homem. “...meu é o mundo e sua plenitude, diz o Senhor.” Salmo 50;12. Boas intenções, simplesmente, não bastam, é preciso fazer a coisa certa segundo ordem do dono, senão, não passa de rebelião coletiva. E mundo está essa joça exatamente por tentar cada um escolher independentemente seu caminho, alheio à vontade do criador. Tenho más notícias para ti: vai piorar ainda mais, malgrado todos os “fluidos positivos” enviados. A coisa é simples assim: ou nos submetemos a Deus e Sua vontade, ou estamos na oposição...

 

Resposta a Sintonização Coletiva, de Vera Celms.
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(Sem Título) - por Cacá


Gostei muito desta reflexão, Alba. Outro dia eu também escrevi algo sobre o vazio em mim. Eis um fragmento:

Passamos o tempo todo preenchendo os espaços vazios que há em nós. Depois da criação somos soltos no mundo e vamos nos agarrando às coisas, acontecimentos, pessoas e caminhando, tentando transformar as relações com as coisas, acontecimentos e pessoas no reverso da nossa infelicidade; vamos tentando reduzir o sofrimento primordial e misterioso que é viver. Para mim o significado de vida é mistério, sofrimento e busca. O conceito de felicidade talvez esteja no encontro do segredo que ponha fim ao sofrimento e acabe com os mistérios. Seguimos sonhando, construindo e esperando sempre algo, que, se não for palpável, seja mesmo assim, contentamento. Os saltos de qualidade são momentos felizes. Percalços, quedas, desvarios e imprevistos são obstáculos que fazem movimentar nossa capacidade de superar o que precisamos enquanto estamos justificando para nós mesmos o quê que é que estamos fazendo aqui nesse mundão de meu Deus.

Abraços. Paz e bem.
 

Comentário em Vazio, de Alba Vieira.


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O Que Me É Por Direito - por Davi Rodrigues


 
Ao que puder fazer, não o deixe! Siga intuitivamente o que seu próprio organismo o pede.
Não há senso de tortura maior do que não se fazer o que se necessita.
Pode ser atemporal, um simples devaneio onde se prostrará o inconcebível e o insensato.
Não se é de todo tolo, o que se alimenta do surreal... talvez seja até plausível, se correr o risco.
Atirar-se ao insano jeito de ser perceptivo, conclusivo e elucidativo!
Não se tem o que não se conquista, nem se possui o que não se permite.
Talvez sejam apenas palavras soltas em mais um desses universos paralelos, revoltos de circunflexibilidades cruas e sem andamento concluso.
Devemos sempre nos perguntar onde estamos?!?
Por que não, simplesmente, absorvermos de nossas próprias aceitações e deficiências sinceras...
Porque sempre, o outro deve ser nosso alvo de intolerância contínua?
Ah!!!! Não tenho tempo para executar tal reflexão sobre o altruísmo singular de minha existência...
O certo, é que o tempo nos foge quando nada conseguimos absorver, quando continuamente julgamos, quando não permitimos que o mundo transcorra independentemente complexo em sua razoabilidade única. O passado é assim arrastado pelo presente, dia a dia pelo resto de nossas vidas. E quem nos concede tal direito de carregar o que a outro pertence?
 
Visitem Davi Rodrigues
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