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domingo, 25 de novembro de 2012

"Nada Fica", de Ricardo Reis - Citado por Ana


Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta,
Cadáveres adiados que procriam.

Leis feitas, estátuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.

.Fernando Pessoa

Antonio Cícero e a “Merde de Poète” - Enviado por Penélope Charmosa

 




Quem gosta de poesia “visceral”,
ou seja, porca, preguiçosa, lerda,
que vá ao fundo e seja literal,
pedindo ao poeta, em vez de poemas, merda.


           In “A Cidade e os Livros”, p. 21.